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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Meu amor

O tempo é nosso maior aliado, seja na distancia ou entre os problemas, ninguém conseguirá afastar minha mente da sua, meus lábios do seu, pelo tempo vencemos tempestades quebramos barreiras pulamos obstáculos, através do tempo continuei a te amar, poderia dizer-te um amor platônico incompleto mas eterno, gigante como pensamento meigo como sorriso e forte como pulso, serei eternamente grato pelos beijos, por contemplar minha alma com aconchego, vida se completa pela vida de outras vidas, sem esse instante, sem minha outra metade poderia até dizer que estou vivendo, mas morto dentro dessa capa sem luz, com a certeza e a força do trovão nessa vida efêmera, felicidades se produz no momento que todo meu ser encontra a tua alma.

Autor: Pincestes xanax

sábado, 7 de maio de 2011

Renovação

De toda a sorte contemplando a vida,
no lugar ermo, sem desespero fui tocado
na alma com um golpe,
seifaram - me a vida,
de nada adiantou,
um sorisso puro, um ar de amor,
flutuei feito nuvens, plumas densas,
consciencia  não existia,
percepção nem se quer aliviadora,

O Silêncio Social

Silenciamos a todo o tempo,
Silenciamos quando percebemos no outro
a necessidade que nós temos,
Silenciamos quando queremos negligenciar,
Silenciamos quando queremos dizer algo,
ou quando algo nos aflinge.
Somos hipocritas, uma vez que teriamos que
usar a ação para ajudar a quem precisa,
preferir a lei do silêncio, ou melhor, a inércia do silêncio social.
Autor: Pincestes xanax
   

Incrível só acontece uma vez na vida

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sem Paradigmas

No principio só havia poesia, disse Deus: apareçam os poetas, e os
poetas apareceram, tudo virou poesia, o firmamento era feito de poesia,as águas eram poéticas, as arvores feitas de poesia, o direito estava nas mãos dos poetas, quis o poeta não ficar só,  lançou uma bela poesia e surgiu um poeta sem sexo, ou melhor sem gênero, na verdade não sabia de fato se era homem ou mulher, nem mesmo o poeta sabia o que era, na essência e na ausência todos se completam na idéia de solidão, era a expressão da beleza rara, curvas sinuosas,
olhar brilhante, sorriso encantador um sonho em poesia, verdejantes íngremes nascida em berço esplendido, só o poeta poderia criar esta obra veneziana ou favelesca, o mundo é poesia, sempre será, o futuro da uma sociedade madura, brilhante, eloquaz e democrática esta nas vozes dos poetas, por favor abandonem a velha idéia dos filósofos, agora que irá dominar o cavalheiro andante são os poetas.


Autor: Pincestes xanax

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Transcedência da Implantação de um Sistema Ambiental - Autor Valfredo de Andrade e Silva Jr.

A TRANSCENDÊNCIA EDUCACIONAL DA
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO AMBIENTAL
ESTUDO DE CASO: OXITENO NORDESTE S/A
Lauro de Freitas
2005
Valfredo de Andrade e Silva Junior
A TRANSCENDÊNCIA EDUCACIONAL DA
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO AMBIENTAL
ESTUDO DE CASO: OXITENO NORDESTE S/A
Monografia apresentada às
Faculdades Polifucs como
requisito para conclusão do curso
Administração com Habilitação
em Gestão Ambiental.
Orientador: José Jorge Souza Carvalho
Lauro de Freitas
2005
Faculdades Polifucs
Curso de Administração com Habilitação em Gestão Ambiental
A TRANSCENDÊNCIA EDUCACIONAL DA
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL.
ESTUDO DE CASO: OXITENO NORDESTE S/A
COMPOSIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA:
___________________________
JOSÉ JORGE SOUSA CARVALHO
MESTRE EM GEOQUIMICA E MEIO AMBIENTE – UFBA
__________________
LIGIA NUNES COSTA
MESTRE EM GEOQUIMICA E MEIO AMBIENTE – UFBA
ESPECIALISTA EM GESTÃO AMBIENTAL – UFBA
________________________________
RILZA DA COSTA TOURINHO GOMES
MESTRE EM GEOLOGIA COSTEIRA E SEDIMENTAR – UFBA
Faço uma dedicação póstuma desta Monografia
ao grande amigo Pedro dos Santos Gouveia, que
serviu como agente impulsionador para o meu
retorno ao meio acadêmico.
AGRADECIMENTOS
Agradeço infinitamente a Deus pela minha existência.
A minha família, por compreender que minha ausência teve e tem um propósito
dentro de um objetivo familiar conjunto.
Agradeço de sobremaneira, a todos os meus colegas de trabalho, que
possibilitaram a minha freqüência, facilitada com as trocas de turno, contribuindo
de forma generosa com esta árdua tarefa, que é estudar e trabalhar em regime de
turno.
À Oxiteno Nordeste S/A, na figura do líder da Célula Produtora Afonso Guedes
Alvarenga, como facilitador das demandas relacionadas com a nossa formação
acadêmica.
Aos colegas de classe, que neste período ajudou-me a compreender a pluralidade
das relações humanas em toda sua plenitude.
À instituição Polifucs, fraternal agradecimento por possibilitar que o nosso
desenvolvimento educacional e intelectual fosse crescente em todo este período,
com reflexos positivos para toda nossa existência.
“Nosso destino precisa depender, em parte,
daquilo que determinamos, ou será definido
pelo acaso ou pelos outros”.
Alvin Toffler
SUMÁRIO
Lista de Ilustrações........................................................................................ 07
Siglas e Abreviações..................................................................................... 09
1.0 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 11
2.0 HISTÓRICO DA INDÚSTRIA QUÍMICA MUNDIAL.................................. 14
3.0 CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL.......................................................... 20
3.1 Agressões Ambientais que fizeram História........................................ 21
3.2 Evolução do Pensamento e do Movimento Ambiental no Mundo....... 24
3.3 Síntese da Degradação e Preocupações Ambientais no Brasil.......... 28
3.4 Eco/92.................................................................................................. 31
3.5 Desenvolvimento Sustentável............................................................. 34
3.6 Gerenciamento Ambiental................................................................... 37
3.7 Selos e Certificados Ambientais.......................................................... 41
3.8 ISO 14000............................................................................................ 47
3.9 O Conjunto de Normas da série ISO 14000........................................ 49
3.10 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – ISO 14001........................... 50
3.11 ISO 14001.......................................................................................... 53
3.12 Processo de Certificação................................................................... 56
3.13 Os Sistemas de Normatização para a Gestão Ambiental................. 57
4.0 HISTÓRICO DA OXITENO DO NORDESTE S/A..................................... 58
4.1 Número de Funcionários..................................................................... 60
4.2 Certificações e Prêmios....................................................................... 60
4.3 O SGA na Oxiteno............................................................................... 61
5.0 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................................... 63
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 83
REFERÊNCIAS............................................................................................... 86
APÊNDICE A.................................................................................................. 90
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS:
Figura 1: Ciclo PDCA............................................................................................. 52
Figura 2: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Sexo.................... 63
Figura 3: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Idade................... 64
Figura 4: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Tempo de
Companhia............................................................................................................. 65
Figura 5: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Cidade onde
Reside...................................................................................................................... 66
Figura 6: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Número de
Dependentes............................................................................................................ 67
Figura 7: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Ocupação............. 68
Figura 8: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Renda Familiar...... 69
Figura 9: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Instrução............... 70
Figura 10: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por se funcionário da
OXN antes do SGA.................................................................................................. 71
Figura 11: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição Consciência
Ambiental antes do SGA na Oxiteno....................................................................... 72
Figura 12: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Consciência
Ambiental após o SGA na Oxiteno.......................................................................... 73
Figura 13: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Interesse pelas
Questões Ambientais............................................................................................... 74
Figura 14: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Uso Racional dos
Recursos Naturais na Residência............................................................................ 75
Figura 15: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Importância da
Reciclagem............................................................................................................... 76
Figura 16: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Prática de Coleta
Seletiva na Residência............................................................................................ 77
Figura 17: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Participação em
Programa de Educação Ambiental no Bairro ou Condomínio
Figura 18: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Uso de Saco de
Lixo no Carro............................................................................................................ 79
Figura 19: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Disposição de
Lixo nas Ruas........................................................................................................... 80
Figura 20: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Consciência
Ambiental Familiar.................................................................................................... 81
Figura 21: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Contribuição do
........................................ 78
8
SGA Oxiteno na Consolidação da Consciência Ambiental...................................... 82
TABELAS:
Tabela 01: Distribuição por Sexo......................................................................... 63
Tabela 02: Distribuição por Idade........................................................................ 64
Tabela 03: Distribuição por tempo de Companhia............................................... 65
Tabela 04: Distribuição por Cidade onde Reside................................................. 66
Tabela 05: Distribuição por Número de Dependentes......................................... 67
Tabela 06: Distribuição por Ocupação................................................................. 68
Tabela 07: Distribuição por Renda Familiar......................................................... 69
Tabela 08: Distribuição por Instrução................................................................... 70
Tabela 09: Distribuição por se funcionário da OXN antes do SGA...................... 71
Tabela 10: Distribuição por Consciência Ambiental antes do SGA da Oxiteno... 72
Tabela 11: Distribuição por Consciência Ambiental após o SGA da Oxiteno...... 73
Tabela 12: Distribuição por Interesse pelas Questões Ambientais...................... 74
Tabela 13: Distribuição por Uso Racional dos Recursos Naturais na
Residência............................................................................................................ 75
Tabela 14: Distribuição por Importância da Reciclagem...................................... 76
Tabela 15: Distribuição por Prática de Coleta Seletiva na Residência................ 77
Tabela 16: Distribuição por Participação em Programa de Educação Ambiental
no Bairro ou Condomínio..................................................................................... 78
Tabela 17: Distribuição por Uso de Saco de Lixo no Carro................................. 79
Tabela 18: Distribuição por Disposição de Lixo nas Ruas................................... 80
Tabela 19: Distribuição por Consciência Ambiental Familiar............................... 81
Tabela 20: Distribuição por Contribuição do SGA Oxiteno na Consolidação da
Consciência Ambiental......................................................................................... 82
9
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CETREL – Central de Tratamento de Efluentes Líquidos (Pólo Petroquímico de
Camaçari – Ba)
CFC – Clorofluorcarbono
CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
CNI – Confederação Nacional da Indústria
COFIC – Comitê de Fomento Industrial de Camaçari
CRA – Centro de Recursos Ambientais (Órgão Regulador Ambiental do Estado da
Bahia)
FEEMA – Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Rio de Janeiro)
FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
ISER – Instituto de Estudo da Religião
ISO –
Normatização)
ISO/TC 207 – Comitê de Trabalho de número 207 da ISO
MMA – Ministério do Meio Ambiente
International Standardization Organization (Organização Internacional de
10
NBR – Norma Brasileira
ND – Não Declarado
ONGs – Organizações Não-Governamentais
ONU – Organização das Nações Unidas
OXN – Oxiteno Nordeste
PGA – Plano de Gestão Ambiental
PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
SD –
Scientic Design
SGA – Sistema de Gestão Ambiental
UFBA – Universidade Federal da Bahia
URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
USP – Universidade de São Paulo
11
1.0 INTRODUÇÃO
Kennedy (1993)
no mundo serão tão complexas, profundas e interativas que exigirão a reeducação da
humanidade, e que para se preparar a sociedade mundial para os agravantes
ambientais do século XXI, dever-se-á levar em conta, principalmente, o papel da
educação no mundo e sua relação com diferentes atores como os organismos
internacionais, as empresas, os sindicatos e as organizações não-governamentais –
ONGs.
Em consonância com Freire (2002), o uso indiscriminado dos recursos naturais,
levando-os à exaustão; a emissão de efluentes gasosos, líquidos e sólidos de origem
residencial, industrial, hospitalar, comercial, lazer, entretenimento e agropecuária, etc.;
e o modelo atual de sociedade de consumo, deverão levar a humanidade a um
desequilíbrio social, ambiental e econômico de tão grande magnitude, que, caso não
haja uma interferência sobretudo de maneira positiva e corajosa desta mesma
sociedade de forma organizada, haverá o risco de exaustão da capacidade produtiva do
planeta.
apud Freire (2000), as forças das mudanças que ocorrerão em breve
12
É dentro deste contexto, que organizações agem impulsionadas pela implantação de
seus Programas de Gestão Ambiental - PGAs, certificáveis, que exercem uma certa
imposição e levam ensinamentos a seus colaboradores acerca da problemática
ambiental do planeta. Desta maneira, este mesmo funcionário, de posse deste novo
conhecimento, passa a agir como multiplicador, agente de alfabetização ambiental e
modificador da sociedade de forma espontânea e voluntária.
De acordo com Donaire (1999), este fato, por não ser o foco da implantação dos PGAs
nas empresas, pois são usados como meros instrumentos de atendimento à legislação
ambiental e elemento de marketing, não é percebido, sendo até ignorado, por não
trazer lucros diretos a estas mesmas empresas e sendo utilizado apenas indiretamente,
como dividendos para a imagem da companhia .
Desse modo, este estudo objetiva evidenciar e avaliar a transcendência da implantação
do Sistema de Gestão Ambiental, do ponto de vista educacional na Oxiteno do
Nordeste S/A.
Este levantamento fornecerá subsídios para a elaboração de outros trabalhos científicos
sobre este assunto e auxiliará a Oxiteno a vislumbrar a existência desta
transcendência, através do compartilhamento dos dados levantados e seus respectivos
resultados.
13
Durante a elaboração deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas e de
campo.
Na pesquisa bibliográfica, foram consultadas publicações sobre Sistemas de Gestão
Ambiental e seus benefícios, além do Histórico da Industria Química e Petroquímica na
Bahia, no Brasil e no mundo, do acervo particular do autor, do orientador, da biblioteca
da Oxiteno Nordeste S/A e na Internet em sites relacionados à gestão do meio
ambiente. Foram feitas também consultas a recursos bibliográficos de entidades ligadas
ao manejo e à preservação ambiental, tais como: CETREL, CRA, etc. Também foram
utilizados outros trabalhos monográficos e dissertações de mestrado, dentro da mesma
linha de pesquisa.
Dentro do que foi planejado, aplicou-se na primeira quinzena de junho de 2005, na
Oxiteno do Nordeste S/A, 176 questionários entre os funcionários, para avaliar o nível
de aplicabilidade prática do Sistema de Gestão Ambiental. Com 18 perguntas objetivas
e 4 subjetivas, foi possível correlacionar as questões sociais com as práticas ambientais
corretas, como: uso racional da água e energia elétrica, tratamento do lixo domestico,
reuso, reciclo etc.
Os dados da pesquisas foram tratados estatisticamente, numa análise grupal e
qualitativa da amostra, verificando as suas correlações e cruzamentos para que
pudessem ser demonstrados graficamente.
14
2.0 HISTÓRICO DA INDÚSTRIA QUÍMICA MUNDIAL
Mediante Wongtschowski (1999), a indústria química nasceu da necessidade de
complementação das atividades básicas ligadas à preservação da vida humana. Em
seu sentido mais amplo, a química está presente em todas as facetas da vida do
homem, desde o primitivo “homem das cavernas” ao homem atual. O fogo, uma das
primeiras reações químicas que o homem aprendeu a dominar, a metalurgia do bronze
e do ferro, o curtimento de couros, a fiação, o tratamento e o tingimento dos primeiros
tecidos, a obtenção dos primeiros remédios extraídos de plantas, a elaboração dos
alimentos fermentados (panificação e bebidas alcoólicas), a produção de lixívia para a
limpeza pessoal e de utensílios, são todas atividades precursoras da indústria química,
tal como é conhecida atualmente.
A química é uma ciência essencialmente experimental e só muito modernamente
passou a dispor de recursos teóricos que permitem prever os resultados e as condições
nas quais se processam certas reações químicas
15
A indústria química estendida como atividade industrial dentro da conceituação atual,
praticamente só passou a existir a partir do século XIX. O grande desenvolvimento e o
sucesso da indústria química moderna originaram-se do êxito na realização de duas
tarefas: a de descobrir novos produtos e materiais através de ensaios de laboratório e a
de “extrapolar” estes ensaios para produções em escala industrial. A primeira
corresponde basicamente ao campo da química, a segunda ao da engenharia química.
De acordo com Wongtschowski (999), a moderna industria química mundial, em uma
visão sintética, teve seu desenvolvimento baseado em duas fontes bem distintas:
Ø
do carvão em unidades de pequeno e médio portes, em geral descontínuas,
predominando por quase um século, a partir da segunda metade do século XIX;
A indústria química alemã, desenvolvida por químicos a partir da química derivada
Ø
partir da química derivada do petróleo em unidades de grande porte, em geral de
produção contínua, predominando a partir da segunda metade do século XX.
A Inglaterra, na metade do século XIX, era sede da maior indústria química do mundo,
em função da sua grande necessidade de produtos químicos, sobretudo ácidos e
álcalis, para alimentar a revolução industrial iniciada alguns anos antes. A Alemanha
ensaiava seus primeiros passos no caminho da industrialização. Para medir o avanço
da indústria química inglesa em relação à alemã, basta citar as produções de soda
cáustica e ácido sulfúrico de ambos os países por volta de 1870: 304.000 t/ano de soda
A indústria química norte-americana, desenvolvida por engenheiros químicos a
16
cáustica e 590.000 t/ano de ácido sulfúrico na Inglaterra e 33.000 t/ano de soda
cáustica e 43.000 t/ano de ácido sulfúrico na Alemanha.
Embora a Alemanha tenha contribuído de forma notável para o desenvolvimento da
química orgânica através de trabalhos de Justus von Liebig, Friedrich Wöhler, Hermann
Kolbe e Robert Wilhelm Bunsen, foi na Inglaterra que surgiu a primeira fábrica de
corante sintético. William Henry Perkin, jovem discípulo do professor August Wilhem
von Hoffmann (este discípulo de Liebig e trazido da Alemanha para lecionar química
orgânica na Inglaterra), em 1856, ao tentar sintetizar a quinina, descobriu por acaso o
corante malva. Ciente do valor econômico da sua descoberta, fundou no ano seguinte,
junto com seu pai e seu irmão, uma fábrica desse corante.
Em consonância com Wongtschowski (1999)
sintético no mundo foi assumida inicialmente por empresas inglesas e francesas. As
empresas alemãs fundadas nesse período foram: a Hoechst (em 1863), a Bayer
também (em 1863), a Basf (em 1865) e a Agfa (em 1867), todas destinadas à produção
de corantes, limitavam-se a reproduzir o que era feito nas indústrias inglesas e
francesas.
Entretanto, entre 1870 e 1880, a mercê de uma série de vantagens competitivas, a
Alemanha sobrepuja as indústrias de corantes inglesas e francesas, assumido o papel
de líder mundial, primeiro no campo de corantes e depois no campo da indústria
, a liderança da produção de corantes
17
química em geral, liderança esta que perdurará até o fim da Segunda Guerra Mundial. A
primeira vantagem competitiva desenvolvida pela Alemanha foi no processo produtivo.
Dada a enorme concorrência entre as empresas produtoras, os alemães logo
perceberam que só as indústrias que racionalizassem os seus produtos ao máximo,
sobreviveriam. Assim, diminuíram o número de operações intermediárias, aumentaram
o rendimento das reações, utilizaram a mesma instalação fabril para uma série de
produções semelhantes, integraram-se verticalmente à montante (produção de ácido
álcalis), chegando mesmo algumas a comprar minas de carvão para poder dispor de
alcatrão (matéria-prima fundamental na produção de corantes sintéticos) nas
quantidades necessárias às suas produções.
Como resultado desse desenvolvimento do processo produtivo, descobriram que
poderiam fabricar uma série de outros produtos químicos, notadamente fármacos
fotoquímicos (WONGTSCHOWSKI, 1999).
Outra vantagem competitiva obtida pelos alemães foi no gerenciamento de suas
fábricas. Quase em todas as fábricas alemães havia, no nível mais alto da gerência,
pelo menos um químico ou cientista que pudesse entender as “complexidades” da
química, seja dentro da fábrica, no processo produtivo, em pesquisas de novos
produtos, seja fora da fábrica, no atendimento aos clientes quanto ao melhor modo de
usar seu produtos químicos.
18
Um outro campo onde a indústria química alemã levava grande vantagem em relação
aos seus concorrentes, era no de pesquisa e desenvolvimento. Desde cedo,
compreenderam os dirigentes alemães, que era na pesquisa e desenvolvimento que
residia todo o diferencial que a indústria química dispunha para se distinguir da
concorrência. E investiram pesado nesse campo. Na pesquisa do corante sintético
índigo, só a Basf gastou em 17 anos o equivalente ao seu capital em ações e a Hoechst
despendeu quantia semelhante. Entretanto, os lucros obtidos com esses novos
produtos eram generosos, criando um “círculo virtuoso” altamente desejável para uma
empresa: bons lucros permitindo novas pesquisas, que resultam em bons produtos, que
geram bons lucros.
De acordo com Wongtschowski (1999)
desenvolvimento teve o sistema de ensino alemão, com a criação das Faculdades de
Tecnologia na década de 1830, que formavam técnicos e engenheiros de boa
qualidade, em quantidade que suplantava as necessidades do país. A princípio essas
escolas não estavam equiparadas às Universidades, pois não podiam oferecer o
doutoramento aos seus alunos, mas a partir de 1902, isto também foi possível. Em
1911, enquanto a Inglaterra tinha 2.700 estudantes de engenharia ou ciências, a
Alemanha possuía 11.000 estudantes, só nas Faculdades de Tecnologia, sem contar os
estudantes das Universidades.
, papel muito relevante em todo esse
19
Essas vantagens competitivas, associadas a outras mais ligadas à infra-estrutura social
vigente, como sistema tarifário, sistema de registro de patentes, sistema bancário, apoio
e incentivos governamentais, levaram a Alemanha, num período relativamente curto de
30 anos, à posição de maior potência industrial no campo da química, permanecendo
nesta posição até o fim da Segunda Guerra Mundial.
A passagem da química de síntese de corantes para química farmacêutica, produtos
químicos para fotografia, aditivos para a indústria de borracha e até polímeros,
constituía-se em um caminho natural. Novos produtos e processos foram surgindo,
como a “Aspirina” (ácido acetil-salicílico) desenvolvida pela Bayer em 1897, o processo
catalítico da produção de ácido sulfúrico desenvolvido por Rudolph Kniesch e Wilhelm
Ostwald, da Basf, em 1898, onde pela primeira vez foram aplicadas as teorias de
equilíbrio químico e cinética química no projeto do conversor.
Segundo Wongtschowski (1999), no período compreendido entre as duas Grandes
Guerras Mundiais, o Brasil assistiu a um crescimento contínuo de sua indústria química,
condizente com o desenvolvimento dos outros ramos da industria, tentando substituir
produtos químicos até então importados. Tendo o inicio da instalação de empresas
originarias de grupos multinacionais. Desta forma sendo colocada como mola
propulsora para o setor químico e petroquímico a criação da Petrobrás em 1953.
20
A conscientização mundial de que havia uma questão ambiental a ser respondida pelas
industrias químicas, surgiu somente na segunda metade deste século e mais
propriamente nas últimas décadas. Entretanto o problema é bem mais antigo, advindo
do pequeno porte das indústrias químicas dessa primeira fase de industrialização do
setor, e o relativo afastamento entre si e dos centros urbanos, contribuíram para que a
questão relativa ao meio ambiente fosse sendo adiada.
No entanto, com o desenvolvimento do setor, o número e o porte das indústrias
aumentou significativamente, diminuindo ou desaparecendo a distância em relação aos
centros que também cresciam. O meio ambiente já não conseguia mais diluir,
“neutralizar” a carga poluidora crescente nele lançada, evidenciando a carência da
tomada de decisão com preocupações ambientais. A poluição emitida por uma fábrica
isoladamente deixava de ser uma preocupação local, para ter uma conotação global.
Desta maneira, a sociedade passa ter responsabilidades ambientais compartilhadas.
3.0 CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL
Com referência à apropriação e uso de recursos naturais é importante perceber que às
vezes o ganho a curto prazo resulta em perdas a longo prazo, em uma escala
incomensuravelmente mais ampla (LIU TZIL
apud OLIVEIRA, 1998)
21
Segundo Freire (2002), “estamos como estamos porque somos como somos
cidades crescem em todo o mundo. O processo é fractal. Repete-se, de forma
semelhante, em quase todos os lugares do globo” (...). Daí a importância da
multiplicação dos conhecimentos sobre as limitações e potencialidades ambientais da
Terra.
Mediante Tachizawa
vem sofrendo grandes transformações em função do crescimento demográfico (...).
Fato este, que não foi acompanhado de um planejamento em longo prazo dos seus
centros urbanos, possibilitando, com isto, num processo gradual e contínuo de
degradação ambiental, muitas vezes por desconhecimento e ignorância de seus atores.
A conscientização mundial de que havia uma questão ambiental a ser respondida pela
indústria química surgiu somente na metade do século XX e mais propriamente nestas
últimas três décadas (WONGTSCHOWSKI, 1999).
Este movimento começou de forma moderada nos anos 50 e 60 do século passado,
com os governos e entidades governamentais criadas para tal fim, se inquietando com
as questões ambientais em curso. Na década de 70 do século XX, estas mesmas
entidades, emitiram um grande número de normas sobre o combate à poluição do ar,
das águas, do solo, sobre o manuseio, transporte e armazenagem de produtos tóxicos,
recuperação de áreas contaminadas e responsabilidades sobre danos causados ao
meio ambiente.
: aset all (2002), o Brasil, a partir da segunda metade do século XX,
22
Conforme Capra
países juntaram-se em associações de administração ambiental. Criando a partir deste
instante um novo modelo de gerir, levando em consideração as questões ambientais, as
pessoas com suas diversidades culturais e o saber a elas disponibilizado,
administrando assim, a mudança para uma cultura empresarial com consciência
ecológica.
et all (2003), a partir de 1985, muitas empresas inovadoras de vários
3.1 Agressões Ambientais que fizeram História
O Jornal do Meio Ambiente (2002), traz o registro histórico de agressões ambientais
que chocaram a humanidade: Minamata, Japão, nos anos 50, onde mais de mil
pessoas morreram e um número não incalculável sofrem mutilações ainda hoje, em
conseqüência de envenenamento por mercúrio. A infratora, indústria química Chisso,
despejou 460 toneladas de materiais poluentes na Baía de Yatshushiro. A empresa foi
obrigada a pagar mais de 600 milhões de dólares em indenizações e muitos processos
judiciais correm até hoje.
Ainda o Jornal do Meio Ambiente (2002), faz referência à década de 80, como uma
época marcada por sérios acidentes ambientais, em vários países do mundo. Em 1982,
a chuva ácida provocada pela queima de combustíveis causa a morte de peixes em 147
23
lagos, no Canadá. O governo canadense acusa os Estados Unidos de indiferença em
relação à questão ambiental. Em 1984, é a vez da Índia ganhar espaço na mídia, com a
morte de mais de 2 mil pessoas, vitimadas pelo vazamento de isocianeto de metila, em
fábrica de pesticidas da Union Carbide, em Bhopal. Cerca de 200 mil pessoas sofreram
lesões graves nos olhos, pulmões, fígado e rins. O Informativo refere-se ainda ao
acidente de Chernobyl, antiga URSS, onde, em 1985, uma explosão destruiu um dos
quatro reatores de uma usina atômica, lançando 100 milhões de curies de radiação na
atmosfera – foram 6 milhões de vezes o volume que escapou do Three Mile Island, nos
Estados Unidos, poucos anos antes, que era considerado, até então, o pior acidente
atômico da história. Mais de 30 pessoas perderam a vida e outras 40.000 ficaram
sujeitas ao risco de câncer nos 20 anos seguinte.
Também o incêndio em uma indústria química da Sandoz, na Brasiléia, Suíça, que, em
1985, atirou no rio Reno 30 toneladas de pesticidas, fungicidas e outros produtos
altamente tóxicos. E por fim, no final da década de 80, um novo acidente ambiental
chocou o mundo: no Alasca, o petroleiro Exxon Valdez bateu em um recife e derramou
41,5 milhões de litros de petróleo no estreito de Príncipe William. O acidente provocou a
morte de 580.000 aves, 5.550 lontras e milhares de outros animais. O Brasil também
tem suas páginas sujas na história da humanidade. Transformou-se em notícia e foi
amplamente divulgado na mídia nacional e internacional, o acidente ocorrido em
Cubatão, São Paulo, em 1984: o rompimento de um oleoduto da Petrobrás, provocado
por um incêndio, arrasa a favela de Vila Socó, matando 90 pessoas e deixando outras
200 feridas.
24
Mediante o Jornal do Meio Ambiente (2002), traz ainda as informações de outro
acidente provocado pela Petrobrás, que se transformou em notícia no Brasil inteiro e
até no exterior: o rompimento de um duto da Refinaria de Petróleo de Manguinhos,
ocorrido em novembro/2001, que poluiu ainda mais as já degradadas águas da Baía da
Guanabara, atingindo os manguezais, que são essenciais para a sobrevivência da
fauna da região e de praias de Niterói.
Segundo a matéria, a Refinaria informou que foram despejados cerca de 40 mil litros de
óleo na Baía. Na verdade, pelos cálculos da Fundação Estadual de Engenharia e Meio
Ambiente (FEEMA), foram derramados mais de 100 mil litros.
Desastres como esses, sejam no Brasil, ou em qualquer outra parte do mundo, chocam
a opinião pública e abalam seriamente a imagem de uma empresa. A tese de que os
danos causados ao meio ambiente são o preço inevitável a pagar pelo desenvolvimento
já não encontra mais sustentação e as empresas que poluem o meio ambiente têm a
sua imagem maculada, perante a opinião pública.
3.2 Evolução do Pensamento e do Movimento Ambiental no
Mundo
25
McCornick
proporção do desenvolvimento das ciências, ocorrido ao longo da história da civilização.
Há registros históricos do mau gerenciamento dos recursos naturais desde o século I,
como por exemplo, os relatos de que, em Roma, já nessa época, começaram a ocorrer
quebras de safras de culturas e erosão do solo.
Essa autora enfatiza que foi em Londres, em 1306, que ocorreu a primeira ação legal
registrada na história, que teve como objetivo a normatização e a atuação sobre o uso
do meio ambiente, quando o Rei Eduardo I fez uma proclamação real sobre o uso de
carvão em fornalhas abertas. Nessa época, era comum o uso das fornalhas, que
ajudavam a diminuir o frio em áreas públicas, ao ar livre, poluindo o ar. O Rei Eduardo
estabeleceu critérios para essa prática, punindo com multas quem os violasse.
Na visão da autora, com o avanço da Ciência, aliada à técnica, teve início, em 1750, a
Revolução Industrial, “com todas as conseqüências negativas em relação às formas de
exploração dos recursos naturais e humanos, cuja conseqüência de longo prazo, são
hoje visíveis nos problemas ambientais contemporâneos”. Andrade (2001) diz que foi
após a segunda Guerra Mundial, em 1945, que houve a proposta de uma sociedade
organizada sob os fundamentos de uma engenharia comportamental, com o
lançamento do livro Uma Sociedade para o Futuro, escrito por Shinner - estava lançado
o desafio de se pensar em um modelo social onde os recursos naturais fossem
valorizados. A autora esclarece que “o livro só se tornou mais conhecido a partir da
apud Andrade (2001), mostra que o pensamento ambiental evoluiu à
26
década de 60, quando o mundo começou a enfrentar o esgotamento dos recursos
naturais, a poluição ambiental, a idéia de superpopulação e a possibilidade do
holocausto nuclear”.
Rosa (2001), fala que a consciência ambiental, em âmbito mundial, começou a crescer
na década de 60, motivada por uma série de eventos relacionados com o meio
ambiente, como a publicação do livro A Primavera Silenciosa, considerado um clássico
do movimento ambientalista, de autoria da jornalista americana Rachel Carson. Na
publicação, de l962, a autora denuncia a diminuição da qualidade de vida devido ao
excesso de produtos químicos na produção agrícola, prejudicando a saúde e o meio
ambiente.
Segundo o autor:
Carson referiu-se ao som do silêncio, causado pela ausência de insetos
e de pássaros na primavera e assim, promoveu uma discussão na
comunidade internacional, relacionando a diminuição da qualidade de
vida, com o uso exacerbado de produtos químicos na produção agrícola,
contaminando os alimentos e deixando resíduos no meio ambiente, (p.
127).
Almeida (1999), lembra que seis anos depois desse episódio, 30 pessoas de dez países
diferentes, entre cientistas, educadores, economistas, humanistas, industriais e
funcionários públicos, discutem, numa reunião na Academia de Linci, em Roma, sobre a
crise e os dilemas da humanidade, como a pobreza, a deterioração do meio ambiente o
27
crescimento desordenado. Estava criado o Clube de Roma, que divulgou, em l971,
Limites do Crescimento – um alerta, mostrando que o consumo desenfreado da
sociedade, a qualquer custo, levaria a humanidade a um colapso.
O estudo, segundo Almeida (2001), basicamente, previa que, no século XXI, a
humanidade se defrontaria com graves problemas de falta de recursos e níveis
elevados de poluição, se os aumentos populacional e industrial, com a conseqüente
superutilização dos recursos naturais, continuassem no mesmo ritmo.
O Clube de Roma apontou como solução uma política mundial de contenção do
crescimento, denominado Crescimento Zero. Seria um crescimento planejado, para que
fossem atendidas as necessidades básicas de toda a população. “Os países
subdesenvolvidos entenderam que, de um modo geral, na prática, tal política
representava sua manutenção no subdesenvolvimento tecnológico e social”.
Na visão de Leite e Medina
tentativa do controle da poluição. Foi também na década de 70 que surgiram os
primeiros movimentos ambientalistas, denominados, na década de 80, de Organizações
Não-Governamentais (ONGs) e aconteceu um marco histórico na discussão das
questões ambientais: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, também conhecida como Conferência de Estocolmo, realizada em
1972, em Estocolmo, na Suécia, - primeira conferência mundial, com a participação de
apud Andrade (2001), a década de 70 caracterizou-se pela
28
113 países, quando foram discutidos, especificamente, temas ambientais. Os autores
enfatizam que a recomendação nº 96 da Conferência reconhecia o desenvolvimento da
Educação Ambiental como elemento crítico para o combate à crise ambiental do
mundo.
De acordo com Abreu, (1997):
Nessa Conferência, quando grande parte dos representantes dos países
concluiu que deveria haver prudência no processo de industrialização
para evitar o processo de degradação no mundo. Os representantes
brasileiros acusaram os países desenvolvidos de desejarem limitar o
desenvolvimento dos países pobres e afirmaram que a poluição era
bem-vinda ao Brasil, pois os brasileiros precisavam de empregos,
dólares e desenvolvimento, (p. 37).
Rosa (2001), explica que na Conferência de Estocolmo foi citado, pela primeira vez, o
termo ecodesenvolvimento (mais tarde transformado em Desenvolvimento Sustentável),
pelo professor Ignacy, que publicou, em l980, o livro “Ecodesenvolvimento – crescer
sem destruir”, que passou a ser um marco referencial de uma alternativa de
desenvolvimento econômico, pois relaciona, de forma definitiva, a necessidade de o
desenvolvimento contemplar a questão ambiental, não apenas como “um estilo
tecnológico, mas subtendendo também, uma diferente modalidade de organização
social e um novo sistema de educação".
Em cumprimento à recomendação do Conselho, aconteceu em outubro de 1977, em
Tbilisi (antiga União Soviética), a primeira Conferência Intergovernamental em
29
Educação Ambiental, organizada pela Unesco, em colaboração com o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A Conferência de Tbilisi ampliou o
conceito de Meio Ambiente, quando compreende meio ambiente “não somente como
meio físico biótico, mas, também, meio social e cultural, e relaciona os problemas
ambientais com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem”.
Na visão de Rosa (2001), os conceitos de proteção ao Meio Ambiente começaram a se
ampliar a partir da década de 80, quando acidentes, como o ocorrido em Bhopal, na
Índia, em 1984, que tirou a vida de mais de duas mil pessoas, chocaram o mundo
inteiro. Um alerta dos cientistas chamava a atenção para a redução da camada de
ozônio, devido ao uso de clorofluorcarbono. O alerta levou 57 países a se reunirem no
Canadá e assinar o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir a produção de
CFC pela metade, até o ano de 1999. A fonte diz também que no ano de 1990 o acordo
foi ratificado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a adesão de 90 países,
inclusive o Brasil, determinando o fim gradativo do CFC, até 2010.
3.3 Síntese da Degradação e Preocupações Ambientais no
Brasil
Para Andrade (2001), a degradação ambiental no Brasil teve início com a extração
predatória do pau-brasil, na época que ficou conhecida como ciclo do pau-brasil.
30
Considerado a primeira espécie florestal nativa do País, o pau-brasil, por ter um alto
valor comercial, foi amplamente explorada, de forma irracional e predatória.
Monteiro
volta de 1599, inicia-se a monocultura da cana-de-açúcar, que dá início ao ciclo da
cana-de-açúcar. Paralelamente, foi introduzida a pecuária, acentuando muito a
instabilidade dos solos, com o pisoteio do gado. Explica a autora "assim como ocorreu
no ciclo da cana-de-açúcar, todos os ciclos agrícolas se basearam na exploração
predatória, em larga escala, grandes latifúndios associados às extensas monoculturas,
utilizando o trabalho escravo”.
As primeiras manifestações contra a destruição ambiental no Brasil surgiram no
segundo século de colonização, pelo cronista e senhor de engenho Ambrósio
Fernandes que, em 1618, fez severas críticas ambientais aos proprietários de terras. E
a preocupação ambiental movimentou o País: “entre 1768 e 1888 foram produzidos 150
textos, preparados por 38 autores brasileiros, denunciando e debatendo os danos
ambientais ocorridos no Brasil”.
Mediante Andrade (2001), o desenvolvimento industrial foi estimulado no Brasil a partir
da Revolução de 30, gerando mudanças políticas, sociais e econômicas. Com a
institucionalização do Estado Novo, em 1937, o apoio às indústrias de base é
incrementado. Mas é a partir de 1951, o Brasil iniciou um programa de modernização
apud Andrade (2001), diz que, com o início da escassez do pau-brasil, por
31
industrial e urbana. O lema do governo de Juscelino Kubitschek “Cinqüenta anos de
progresso em cinco” dá uma idéia do que foi o período de 1956 a 1961, no Brasil.
Velloso
mesmo de forma predatória, foi característica do governo Emílio Garrastazu Médici, que
convidava as indústrias poluidoras estrangeiras a transferirem-se para o Brasil, que
“possuía um grande espaço para ser poluído”, onde não haveria exigências de
equipamentos antipoluentes. Lembrando que essa era a posição oficial do governo
brasileiro, na Conferência de Estocolmo. Nesse evento, Zucca (1991) e Maimon (1992)
apud Andrade (2001), afirma que o crescimento econômico a qualquer custo,
apud
chefiando a missão brasileira na Conferência, repetia a frase da primeira-ministra da
Índia, Indira Ghandi, para justificar a posição governamental: “a pior poluição é a da
miséria”.
Rosa (2001), explica que com essa sinalização verde para a poluição, na década de 70,
muitos empreendimentos que sofreram restrições em outros países, principalmente
aqueles ligados a alguns setores da petroquímica, instalaram-se no Brasil.
Observa-se claramente que o País não tinha nenhuma política de controle ambiental e
não queria optar por implantá-la. De acordo com Viola (1997), “o crescimento
econômico era tido como incompatível com a harmonia ambiental”.
Andrade (2001) – informam que o então Ministro do Interior, Costa Cavalcanti,
32
Afinal, o grande alvo era transformar o Brasil numa grande potência no panorama
mundial. Os recursos ambientais eram tidos como abundantes, praticamente infinitos e
para que se preocupar como eles? O que importava era o desenvolvimento, o resto que
se sustentasse ou acabasse!
3.4 Eco/92
Vinte anos após a Conferência de Estocolmo, acontece, em junho de 1992, no Rio de
Janeiro, Brasil, a Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, que ficou conhecida como a Rio-92 e Eco/92.
De acordo com Andrade, (2001):
A Conferência reuniu o maior número de governantes de todos os
tempos e de toda a história das conferências da ONU: 179 países, que
firmaram o mais ambicioso programa de ações conjuntas com o objetivo
de promover, em escala planetária, um novo estilo de desenvolvimento:
o desenvolvimento sustentável, (p. 38)
Para Reis (1995), a Eco-92 foi um grande momento, porque os temas relacionados ao
meio ambiente deixaram de ser herméticos ou apaixonados, passando a ser assunto
constante nas discussões econômicas. Já para Jöhr (1994), “a Eco-92 foi um alerta,
mas seu resultado deixou mais questões em aberto que respostas definitivas.”
Medina (2001), cita a Agenda 21 como o mais importante resultado da Conferência Rio
92. Para o autor, a Agenda é um produto inusitado, uma vez que o documento se
33
apresenta como proposta para ser o texto-chave que irá guiar governos e sociedades,
nas próximas décadas, rumo ao estabelecimento de um novo modelo de
desenvolvimento: o sustentável. Explicando sobre o documento, o autor esclarece que
a Agenda 21, composta por 40 capítulos, possui a forma de guia, sugerindo ações,
atores, metodologias para a obtenção de consensos, mecanismos institucionais para
implementação e monitoramento de programas, estimando seus custos.
O texto da Agenda 21 brasileira (2000), traz os seguintes temas: agricultura sustentável,
cidades sustentáveis, infra-estrutura e integração regional, gestão dos recursos
naturais, redução das desigualdades sociais e ciência e tecnologia para o
desenvolvimento sustentável.
Ainda de acordo com Medina, (2001):
A Agenda 21 é uma espécie de agenda positiva da globalização,
expressão de um projeto global, no qual se procura dar respostas e
soluções para a chamada crise ambiental planetária, vista também como
crise civilizatória, que afeta a todos os povos do planeta em graus
diversos, (p.52).
Segundo Medina (2001), os valores que sustentam a Agenda 21 são: cooperação –
entre países, diferentes níveis de governo, nacional e local e diferentes segmentos e
atores sociais; democracia e participação – reforço aos ideais democráticos, no qual a
igualdade de direitos, a eqüidade, o combate à pobreza e o respeito cultural são
fortemente contemplados; sustentabilidade como uma ética – a Agenda estabelece
34
definitivamente a noção de que não haverá sustentabilidade ambiental, sem
sustentabilidade social e, por fim, a globalização positiva.
Um documento tão importante que diz respeito à própria sustentabilidade da vida e
serve para estimular a elaboração de Agendas 21 locais, deve ser do conhecimento da
sociedade. Mas não o é! De acordo com Medina (2001), cinco anos depois da Eco-92
foi realizada, no Rio de Janeiro, a Rio+5, com a finalidade de verificar os avanços
realizados a partir da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável, ao tempo em que se realiza, uma reunião oficial da Nações Unidas, em
Nova York. Nessa Conferência, foram apresentadas 100 experiências brasileiras de
Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental. Mas, enfatiza o autor:
Em ambas as reuniões são avaliados os progressos relativos à
implementação da Agenda 21. Concluiu-se que os avanços são
insuficientes e que seriam necessários esforços por parte dos
governantes e da sociedade civil organizada para uma efetiva
implementação do Desenvolvimento Sustentável, com justiça social, tal
com foi postulado na Rio-92, (p. 35).
A fonte afirma que apesar dos esforços realizados por diferentes países, o texto da
Agenda 21 continua sendo pouco conhecido. Somente nos últimos anos, observa-se
uma preocupação maior, por parte dos governos, para elaboração das Agendas 21
locais. A construção da Agenda é um processo de co-responsabilidade, solidariedade,
soma e integração. “Um processo político, no sentido amplo, de construção e
implantação do desenvolvimento sustentável no País”.
35
Segundo o MMA (2002), às vésperas da realização da Rio+5, em 1997, divulgou uma
pesquisa nacional, realizada em ação conjunta com o Instituto de Estudos da Religião
(ISER) e coordenada por Samyra Crespo, intitulada “O que o brasileiro pensa do meio
ambiente, do desenvolvimento e da sustentabilidade”, que revelou que 95% da
população brasileira jamais ouviu falar sobre a Agenda 21 e que apenas 42% tinha
algum tipo de informação sobre em que resultou a Conferência da Rio-92.
Ainda mediante o MMA (2002), em setembro de 2002, representantes de vários países,
inclusive do Brasil, voltaram a se reunir em Johannesburgo, África do Sul, na Cúpula
Mundial sobre Desenvolvimento, também chamada Rio +10, para uma nova avaliação
sobre os progressos e retrocessos na área ambiental, desde a Eco-92.
3.5 Desenvolvimento Sustentável
O MMA (2002), afirma que a partir do famoso relatório Nosso Futuro Comum,
publicado em 1987 pela Comissão Mundial do Ambiente e Desenvolvimento, conhecida
como Comissão Brundtlan, foi estabelecido o conceito de Desenvolvimento Sustentável
como sendo “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.
36
Importante observar a citação da satisfação das necessidades e não a submissão à
lógica da produção exigida como um fim em si mesmo. A partir daí, o assunto passou a
ser discutido por organizações governamentais e não-governamentais, em fóruns
nacionais e internacionais.
Na visão de Sachs
precisa considerar, simultaneamente, cinco dimensões:
Ecológica – implicando no uso mais eficiente do potencial dos recursos
existentes nos diversos ecossistemas e com um nível mínimo de deterioração desse
potencial, dentre outros pontos;
Econômica – a eficiência econômica deve ser avaliada mais em termos macrosociais
do que apenas por meios de critérios de lucratividade micro-empresarial;
Social – padrão de estabilidade de crescimento, com distribuição eqüitativa de
renda;
Espacial – melhor distribuição espacial (geográfica) dos assentamentos humanos
e das atividades econômicas; e
Cultural - adaptação do Desenvolvimento Sustentável a cada cultura, aplicando
sempre o conhecimento das comunidades (saberes locais).
Para Andrade (2001), os princípios do desenvolvimento sustentável envolvem o
processo de integração dos critérios ambientais na prática econômica, a fim de garantir
que os planos estratégicos das organizações satisfaçam a necessidade de crescimento
apud Andrade (2001), para ser sustentável, o desenvolvimento
37
e evolução contínuos, e, ao mesmo tempo, conservem o “capital” da natureza para o
futuro.
Aplicar o princípio significa viver dentro da capacidade dos ecossistemas existentes.
Isso exigirá mudanças em muitos aspectos da sociedade e comércio. Não se trata
apenas da poluição do ar, depleção da camada de ozônio, conservação da água, uso
da matéria-prima e gestão de resíduo, trata-se também de um problema internacional
que afeta as transações que atravessam fronteiras, comércio, finanças e agendas
políticas.
Em consonância com Andrade (2001), atualmente as organizações sofrem muitas
pressões para gerenciar e melhorar seu desempenho ambiental: atuar em
conformidade com uma legislação mais rigorosa e satisfazer as demandas dos clientes.
Os impulsionadores são rigorosos e diversos e, a despeito de uma recessão grave, não
parecem estar cedendo.
O emprego de “tecnologias limpas”
do custo, pois pode afetar negativamente os resultados de uma empresa, que ficará
sem condições de competir num mercado onde nem todos as estarão empregando, se
as regras não forem uniformes.
1, já disponíveis, nem sempre é atraente sob a ótica
1
de aumentar a eficiência no uso das matérias-primas, água e energia através da não-geração, minimização ou
reciclagem de resíduos gerados em todos os setores produtivos (KIPERSTOK, 2002).
Aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim
38
Percebe-se, assim, que a redefinição do desenvolvimento foi uma maneira que os
homens encontraram para a implementação de medidas preventivas, corretivas e de
controle das atividades existentes e das atividades futuras, tendo como preocupação a
melhoria da qualidade de vida das gerações futuras, bem como o destino do território. A
proposta da implantação de um novo paradigma ecológico-econômico para o mundo,
onde está inserido o pensamento “pensar globalmente e agir localmente”.
3.6 Gerenciamento Ambiental
De acordo com Reis (1995), é irreversível a aproximação entre ecologia e economia.
Segundo ele, as empresas estão percebendo que é mais barato fazer as coisas
funcionarem direito, desde o início, do que consertar depois, até porque há resultados
que não têm consertos. A saída para “tentar acertar o passo e sair ganhando”, acredita
o autor, é o Gerenciamento Ambiental, que ele define como sendo: “Um conjunto de
rotinas e procedimentos que permite a uma organização administrar adequadamente as
relações entre as suas atividades e o meio ambiente que as abriga, atentando para as
expectativas das partes interessadas”
O autor esclarece que uma empresa, ao optar pelo Gerenciamento Ambiental, deve
identificar as ações mais adequadas ao atendimento das imposições legais aplicáveis
às várias fases dos processos, desde a produção até o descarte final, passando pela
39
comercialização, zelando para que os parâmetros legais sejam permanentemente
observados, além de manter os procedimentos preventivos e pró-ativos que
contemplam os aspectos e efeitos ambientais das atividades, produtos e serviços e os
interesses e expectativas das partes interessadas.
Para Noeli (2000), o que pode levar uma empresa a se interessar pela implantação de
um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), são fatores como: a tendência mundial
tomando como base o Desenvolvimento Sustentável (progredir sempre, mas
protegendo o meio ambiente), o rigor da legislação ambiental e o diferencial competitivo
que advém com a certificação de uma empresa que utiliza procedimentos
ecologicamente adequados.
Ainda mediante Noeli (2001), do ponto de vista interno da empresa, um SGA significa
menos desperdício, maior reaproveitamento e reciclagem de materiais, menor custo
para a disposição final dos resíduos, melhor aproveitamento de água, energia,
combustíveis e matérias-primas, maior facilidade para conseguir financiamento de
bancos e entidades do governo, menor riscos de acidentes e menor gasto com ações
corretivas, menor risco de pagamento de multas.
A implantação de um SGA envolve todos os funcionários, as pessoas passam a ter
mais consciências sobre as necessidades da preservação ambiental e produzir menos
lixo em casa e no trabalho. Ganha ponto positivo a empresa, com seus clientes,
40
parceiros, Governo e a comunidade em geral, que passa a ter uma imagem positiva da
empresa.
A legislação ambiental, mesmo considerando-se as diferenças entre os países e até
entre estados ou regiões de um mesmo país, vem impondo condições cada vez mais
severas, com penalidades elevadíssimas e condições rigorosas para o licenciamento da
instalação e operação de unidades produtivas.
As exigências dos consumidores, que, notadamente nos países do Primeiro Mundo,
estão rejeitando os produtos considerados ambientalmente nocivos, determinam
posturas pró-ativas em relação ao emprego de processos produtivos menos agressivos,
cujos custos adicionais possam ser obrigados sem comprometer a competitividade, que
gerem produtos e serviços sadios, capazes de usufruir da disposição dos consumidores
em pagar um pouco mais por artigos com Qualidade Ambiental comprovada.
As exigências legais e normativas, as restrições do mercado e a proliferação de “selos
verdes” obrigam as empresas a adotar programas de gerenciamento ambiental que
garantam a competitividade e, conseqüentemente, a sobrevivência. Empresas
concorrentes estarão sempre à espera de uma oportunidade para ocupar espaços e um
acidente ambiental causado por omissão, negligência ou, simplesmente, mau
gerenciamento, será encarado como uma oportunidade em relação àqueles que
causarem ou possam causar danos.
41
Para Noeli (2001), apesar da Constituição Federal de 1988 conferir proteção ambiental
de forma bem abrangente, prevendo indenizações dos danos causados ao meio
ambiente, foi a polêmica Lei de Crimes Ambientais, de fevereiro de 1998, que
estabeleceu responsabilidade à pessoa jurídica. As leis estaduais e municipais que
regulamentam o uso dos recursos naturais e punem os agressores do meio ambiente
como fortes motivos para as empresas se adequarem às normas ambientais, de forma
que, “hoje, enquanto algumas empresas se perguntam quanto custa implantar um
Sistema de Gestão Ambiental. Outras chegam à conclusão de que fica mais caro não
ter o sistema, face aos diversos riscos a que estão sujeitas, como multas, processo na
justiça, danos à imagem da empresa, barreiras à exploração de seus produtos e perda
de competitividade”.
Quando uma empresa implanta um sistema de gestão ambiental, proporciona o
envolvimento da empresa como um todo. A responsabilidade ambiental é disseminada
a cada setor e todos passam a enxergar as questões ambientais sob a mesma ótica.
Surgem idéias, soluções criativas e começam a se explorar oportunidades de
aproveitamento de rejeitos, substituição de insumos, eliminação da perda das perdas no
processo, reciclagem, redução no consumo de energia, redução da geração de
resíduos, mudanças tecnológicas, enfim, como lembra a fonte: “somente a prevenção
da poluição já pode representar redução de custos”.
42
Por fim, vale ressaltar a visão de Rosa (2001, p.29), sobre a maneira como as
empresas, sobretudo de grande porte, vêem, no momento atual, a redução da poluição:
Até a década de 80, o enfoque era dado sobre o tratamento de “final de
tubo”
eco-gestão já tem seu espaço garantido, até mesmo porque resíduos
descartados são matéria-prima e produtos desperdiçados.
2. Apesar de ainda ser essa uma prática corriqueira, o conceito de
De uma maneira ou de outra, com ou sem consciência da responsabilidade sócioambiental,
apenas em cumprimento às leis ambientalistas, está aumentando o número
de empresas que estão implantando sistemas de gestão ambiental.
Uma clara tendência à quebra de paradigmas, mudança de postura em relação aos
custos ambientais, antes consideradas incompatíveis com as necessidades de
sobrevivência econômica das empresas.
3.7 Selos e Certificados Ambientais
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2002), em outubro de 2001, na XIII
Reunião do Fórum de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e Caribe,
realizado no Rio do Janeiro, coube ao Brasil coordenar o tema Comércio e Meio
Ambiente. E no
site pode-se encontrar o documento apresentado nesse Fórum,
2
(KIPERSTOK, 2002).
Gestão convencional de resíduos que se caracteriza por trabalhar o tratamento dos resíduos e emissões existentes
43
intitulado Comércio e Meio Ambiente - Uma Agenda Positiva para o Desenvolvimento
Sustentável, onde um dos itens tratado é a rotulagem ambiental que surge, de acordo
com o documento
converte num valor social.
Para o MMA, (2000):
on line, como parte de um processo pelo qual a proteção ao meio se
A rotulagem ambiental procura, com base na comunicação de
informação acerca dos aspectos ambientais de produtos e serviços, que
seja acurada e verificável, encorajar a demanda por aqueles produtos
que causarem menores efeitos negativos ao meio ambiente,
estimulando assim o potencial para uma melhoria contínua da qualidade
ambiental dirigida pelas forças de mercado.
Com base nessa informação, pode-se entender o impulso que vem sendo dado à
rotulagem ambiental. À medida que as empresas perceberam que as preocupações
ambientais podiam se converter em vantagens mercadológicas para produtos e
serviços, inúmeras declarações surgiram no mercado. Para o Ministério do Meio
Ambiente, “essa proliferação, se de um lado resultou em resposta positiva por parte dos
consumidores, por outro, implicou na geração de uma certa confusão que demandou o
desenvolvimento de normas e diretrizes para a rotulagem ambiental”.
Hoje, pode-se encontrar no mercado produtos com selos ou rótulos que se referem a
características específicas, como “reciclável”, “baixo consumo de energia”, “produto
sem CFC”, etc., e rótulos que apresentam informações quantitativas sobre os aspectos
44
ambientais do produto, como consumo de energia, utilização de recursos renováveis,
etc. Outros indicam que o produto causa menos danos ao meio ambiente, dentro de
uma categoria especifica (os selos verdes). Essas declarações são dadas pelos
fornecedores ou fabricantes.
Na definição constante na Agenda Positiva para o Desenvolvimento Sustentável,
line
ferramenta de mercado, necessariamente voluntária, utilizada para se alcançar diversos
objetivos ambientais e tecnológicos”.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2000), são citados como objetivos dos
Programas de Rotulagem Ambiental: a proteção ao meio ambiente – vez que
influenciam as decisões dos consumidores, de modo a encorajar a produção e o
consumo de produtos que sejam menos agressivo ao meio ambiente; e o estímulo à
inovação ambientalmente saudável na indústria: os programas podem proporcionar o
incentivo mercadológico para as empresas introduzirem tecnologias inovadoras,
saudáveis do ponto de vista ambiental.
Mediante o MMA (2000), está prevista a rotulagem ambiental como um dos
mecanismos positivos de incentivo a uma evolução da indústria, na direção de
tecnologias e processos ambientalmente mais amigáveis, impulsionada pelo mercado.
on, os Programas de Rotulagem Ambiental “consistem, portanto, de uma moderna
45
Em outras palavras, os rótulos ambientais funcionam como um importante fator de
competitividade, adicionando valor agregado aos produtos.
O Ministério do Meio Ambiente relata que a Rede de Rotulagem Ambiental, criada em
1994, congrega, atualmente, 26 Programas de Rotulagem Ambiental, em execução na
Europa, Ásia e nas Américas do Norte e do Sul.
Em treze desses programas existem 601 critérios definidos e 16.500 produtos rotulados
em diversos grupos, tais como: baterias, vestuários, têxteis, construção civil,
jardinagem, utensílios domésticos, móveis para residências e escritórios, produtos de
papel, higiene, pessoal, etc.
O texto do MMA (2000), explica que os critérios de concessão dos selos ecológicos
buscam premiar a excelência (por exemplo: eficiência energética, baixo consumo de
água, etc.). Dessa forma, costumam ser tais que somente um pequeno percentual de
determinada categoria de produtos consegue obter o selo.
O Governo alemão é o pioneiro na Rotulagem Ambiental, tendo lançado, em 1967, o
sêlo
Canadá e vários outros países despertaram interesse em adotá-lo. O Brasil se prepara
para implantar o Programa de rotulagem Ambiental e, de acordo com Albiero (2002)
Blue Angel. Só onze anos mais tarde aparece o segundo selo, lançado pelo
apud
MMA (2002), “apesar do Brasil ser a oitava economia industrializada do mundo,
46
está defasado, em relação aos demais países de importância na economia mundial,
quanto a eco-rotulação.". O Departamento de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável do Sistema FIESP/CIESP, mostra a sua preocupação com as
possibilidades do uso da rotulagem como instrumento de cerceamento à produção,
como subterfúgio para a adoção de mecanismos protecionistas ou barreiras comerciais
que inibam a inserção de produtos brasileiros no mercado globalizado. Alerta também o
setor produtivo para a proliferação dos selos verdes, de forma que haja mecanismos
garantidores da seriedade e da qualidade dos organismos certificadores, para que a
rotulagem não seja aplicada para fins menos nobres.
Para Reis, (1995):
Fica claro que tais rótulos nem sempre são elaborados de forma
transparente. Pelo contrário, são produzidos em encontros herméticos,
com a participação daqueles que deles se beneficiarão. É sempre
possível encontrar uma justificativa ambiental para o critério adotado, já
que qualquer atividade econômica, em qualquer lugar do mundo, terá
sempre um aspecto ou efeito ambiental crítico passível de utilização
para o propósito de restringir sua competitividade, (p. 121).
A Rotulagem Ambiental é um assunto também tratado pela
Standardization Organization
Genebra e fundada em l947, com o objetivo de ser o fórum internacional de
normalização.
International(ISO), uma organização não-governamental, sediada em
47
Foi nesse cenário em que cada país decidiu criar o seu selo ambiental, e que a
International Standardization Organization
que fossem adotadas por qualquer empresa que realmente quisesse ser certificada por
sua eficiência no desempenho ambiental: a série ISO 14000. De acordo com o texto da
NBR ISO 14001 (1996):
(ISO) criou normas de âmbito mundial, para
As Normas Internacionais de gestão ambiental têm por objetivo
promover às organizações os elementos de um sistema de gestão
ambiental eficaz, passível da integração com outros requisitos de
gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos ambientais
econômicos, (p. 01).
O referido texto diz que a Norma é aplicada a qualquer organização que deseje:
·
Implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental;
·
Assegurar-se da sua conformidade com sua política ambiental definida;
·
Demonstrar tal conformidade a terceiros;
·
organização externa;
Buscar certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma
·
esta Norma.
O documento também descreve os requisitos necessários para a organização que
deseje estabelecer e manter um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nos moldes da
ISO 14001:
Realizar uma auto-avaliação e emitir autodeclaração de conformidade com
48
– Política Ambiental
– Planejamento
– Implementação e Operação
– Verificação e Ação Corretiva
Na explicação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), representante
brasileira da ISO, as normas não foram concebidas para criar barreiras comerciais nãotarifárias,
nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização: elas
representam o registro, por escrito, das melhores práticas e do melhor conhecimento
técnico, com uma linguagem clara para que seja compreendida por todos os
funcionários de uma empresa. Enquanto que a Certificação “é uma ação conjunta que
começa com a conscientização da necessidade da qualidade para se manter e competir
no mercado”.
Sobre a NBR ISO 14001, a ABNT diz que é uma norma que especifica os requisitos do
sistema de gestão ambiental, redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos e portes de
organizações e para adequar-se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais.
A norma se propõe a fornecer a organizações de todos os tipos e tamanhos elementos
para um Sistema de Gestão Ambiental efetivo, que podem ser integrados com outros
sistemas gerenciais para auxiliá-los a atingir objetivos ambientais e financeiros.
Análise crítica pela administração
49
3.8 ISO 14000
De acordo com Vizzotto (1996), a Bahia foi o primeiro estado brasileiro a ter uma
empresa certificada em concordância com a Norma ISO 14001: em 1996, a indústria de
papel e celulose Bahia Sul, passou a ser a primeira empresa nacional certificada e ser
também a primeira produtora de celulose do mundo a obter o certificado de qualidade
ambiental.
Passado seis anos da primeira conquista brasileira, os números mostram que os
empresários estão correndo em busca da ISO 14001. O INMETRO disponibiliza a
informação que, em 1999, existiam apenas 30 empresas certificadas com a Norma e,
em dezembro de 2001, o número subiu para 350. O quantitativo foi motivo de festa: a
Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo reuniram empresas e a
imprensa para divulgar o feito e periódicos especializados em meio ambiente, como a
Revista Meio Ambiente Industrial, que publica matérias divulgando, inclusive, os nomes
da 350 empresas “verdes”.
Reis (2001), declara que a maior parte das certificações, ano após ano, tem sido obtida
por unidades industriais de empresas multinacionais, dotadas de grande porte
capacidade financeira e, por excelência, exportadoras. O jornalista lembra que a
adesão é voluntária, mas que “O comércio transnacional praticado em tempos de
globalização exige das empresas o enquadramento ambiental. Há também o
50
condicionamento a financiamentos e seguros, a exigência do credenciamento e
licitações ou, ainda, o cumprimento da legislação”.
A informação mais recente sobre o número de empresas certificadas foi obtida com a
editoria da Revista Meio Ambiente Industrial (2004), que contabilizou mais de 1000
empresas certificadas em conformidade com a ISO 14001, até junho de 2003.
Apesar desse avanço, o Brasil está muito distante do primeiro país que figura na lista
como detentor do maior número de certificações: o Japão, com mais de 8.000
certificações, ou a Alemanha (segundo lugar, na listagem, com mais de 3.000
certificações). Mas o Brasil, de acordo com os dados levantados com a empresa de
consultoria Fênix Ambiental, é a nação com maior número de empresas certificadas
com a ISO 14001 da América Latina, e, em seguida, aparecem o México, a Argentina e
o Chile.
Comparando os dados das empresas certificadas nos últimos seis anos, observa-se
que no estado do Amazonas, pólo industrial de Manaus, região fortemente exportadora,
foi onde houve maior crescimento percentual entre todos os estados brasileiros, em
termos de certificação: até o ano de 2000, o estado só possuía 13 empresas
certificadas segundo as Normas da ISO 14001. No ano de 2001, o número de
certificações chegou a 21 e, até junho de 2002, o número registrado foi de 26. Com
esses dados, confirma-se que o credenciamento na ISO 14001 é um importante fator,
que agrega à exportação.
51
3.9 O Conjunto de Normas da Série ISO 14000
A série ISO 14000 consiste num conjunto de normas, de caráter voluntário elaborado
pela ISO que segundo a CNI, (1995):
Visa estabelecer diretrizes para a implementação de sistemas de gestão
ambiental, nas diversas atividades econômicas que possam impactar o
meio ambiente, e para a avaliação e certificação desses sistemas, com
metodologias uniformes e aceitas internacionalmente, ( p. 12).
ISO/TC 207 estabeleceu o universo de abrangência da série de normas ISO 14000 da
seguinte forma:
·
ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental - Especificações com Guias para Uso.
·
ISO 14004 Sistema de Gestão Ambiental - Diretrizes Gerais sobre Princípios,
·
Sistemas e Técnicas de Apoio.
·
Ambiental.
ISO 14010 Diretrizes para Auditoria Ambiental - Princípios Gerais para Auditoria
·
Gestão Ambiental.
ISO 14011 Diretrizes para Auditoria Ambiental - Auditoria de Sistemas de
·
Auditores Ambientais.
ISO 14012 Diretrizes para Auditoria Ambiental - Critérios para a Qualificação de
·
ISO 14020 Princípios Básicos Para Rotulagem Ambiental.
·
ISO 14021 Rotulagem Ambiental - Autodeclarações.
·
ISO 14022 Símbolos para Rotulagem Ambiental.
·
ISO 14023 Rotulagem Ambiental - Metodologias para Testes e Verificações
52
Ambientais.
·
Procedimentos de Certificações.
ISO 14024 Rotulagem Ambiental - Princípios-guia, Práticas e Critérios,
·
ISO 14025 Metas e Princípios de toda Rotulagem Ambiental
·
ISO 14031 Avaliação de Desempenho Ambiental
·
ISO 14032 Avaliação de Desempenho Ambiental dos Sistemas Operacionais
·
ISO 14040 Avaliação do Ciclo de Vida - Diretrizes e Princípios Gerais
·
ISO 14041 Avaliação do Ciclo de Vida - Inventário Analítico
·
ISO 14042 Avaliação do Ciclo de Vida - Análise de Impacto
·
ISO 14043 Avaliação do Ciclo de Vida - Avaliação da Melhoria
·
Terminológicos
ISO 14050 Termos e Definições - Guia dos Princípios para Trabalhos
·
Produtos
ISO 14060 Guia para inclusão de Aspectos Ambientais em normas para
3.10 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – ISO 14001
Um SGA é definido pela ISO 14001 como a estrutura organizacional, responsabilidade,
práticas, procedimentos, processos e recursos para implementação e manutenção da
gestão ambiental (HAMMES, 2004)
53
O modelo de sistema de gestão ambiental proposto pela ISO baseia-se numa visão
organizacional que adota os seguintes princípios:
1° Princípio: A organização deve intencionar fazer tudo que precisa ser feito.
Deve garantir seu compromisso com o sistema de gestão ambiental e definir sua
política nessa área.
2° Princípio: A organização deve formular um plano para atender sua política
ambiental.
3° Princípio: Para uma efetiva implementação, a organização deve desenvolver
capacidades e mecanismos de apoio necessário à realização dos objetivos e metas de
sua política ambiental.
4° Princípio: A organização deve medir, monitorar e avaliar seu desempenho
ambiental.
5° Princípio: A organização deve revisar continuamente seu sistema de gestão,
com o objetivo de melhorar seu desempenho ambiental total.
Mediante Hummes (2004), com isso em mente, o Sistema de Gestão Ambiental é mais
bem visto como uma estrutura organizacional que deve ser continuamente monitorada e
revisada, para fornecer orientações efetivas às atividades ambientais da organização,
em resposta às mudanças dos fatores externos e internos. Nesse sistema, cada
indivíduo na organização deve assumir responsabilidades individuais pela melhoria
ambiental.
54
Buscando fazer uma comparação entre os princípios acima apresentados e uma das
ferramentas introduzidas por Deming, conhecida como círculo de Deming ou Ciclo
PDCA (Figura 01), pode se observar algumas semelhanças (MELO,1999).
Figura 01: Ciclo PDCA
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR ISO 14001 (1996, p. 03).
De acordo com Melo (1999), o segundo princípio do modelo de sistema de gestão
ambiental proposto pela ISO corresponde ao P (
planejar, ou formular um plano, visando o objetivo a ser alcançado.
Plan) do ciclo PDCA, ou seja, a fase de
55
O terceiro princípio D (
mecanismos necessários à realização dos objetivos. Já o quarto princípio corresponde,
por analogia, ao C (
seja, checa.
O quinto e último princípio do modelo de sistema de gestão ambiental da ISO
corresponde ao A (
melhoria contínua.
A comparação realizada anteriormente mostra a relação existente entre os princípios da
qualidade e qualidade ambiental. Mostrando ainda que trabalhar sob a ótica do sistema
de gestão ambiental é, antes de tudo, trabalhar sob a ótica de gestão da qualidade.
Do), a fase de execução, desenvolvendo capacidade eCheck), onde a organização mede e avalia seu desempenho, ouAction) do ciclo onde ocorre à ação propriamente dita, visando uma
3.11 ISO 14001
Mediante a ABNT (1996), a ISO 14001, Sistema de Gestão Ambiental - Especificações
com Guias para Uso é a norma responsável pelo desenvolvimento do Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) da empresa. Ou seja, todas as demais normas da série ISO
14000 são documentos de diretrizes, as empresa serão certificadas em vista da ISO
14001.
56
Essa norma é constituída dos seguintes itens:
1. Introdução
Essa seção da ISO 14001 é uma orientação geral da norma de especificação.
Apresenta a natureza da ISO 14001 como a norma foi estruturada, qual o propósito da
14001 e suas relações com a norma ISO 9000.
2. Objetivo e Campo de Aplicação
Essa é a seção que estabelece os objetivos da ISO 14001. É aqui que as empresas
tomam conhecimento de que a norma não exige a declaração de critérios específicos
de desempenho ambiental, mas sim que a organização formule uma política, bem como
objetivos que levam em consideração os requisitos legais e as informações sobre
impactos ambientais significativos.
3. Referências Normativas
Não existem referências normativas até o momento.
4. Definições
De acordo com a ABNT (1996), esse item estabelece as definições dos conceitos mais
utilizados: melhoria contínua, meio ambiente, aspecto ambiental, impacto ambiental,
sistema de gestão ambiental, auditoria do sistema de gestão ambiental, objetivo
ambiental, desempenho ambiental, política ambiental, meta ambiental, partes
interessadas, organização e prevenção de poluição.
5. Gerenciamento Ambiental
5.1 Requisitos Gerais
57
Essa seção contém os elementos principais que uma organização deve estabelecer
pelo seu SGA - Sistema de Gestão Ambiental.
5.2 Política Ambiental
Estabelece os requisitos que a organização deve estabelecer e declarar na sua política
ambiental.
5.3 Planejamento
Nessa seção são estabelecidos os elementos que devem ser seguidos no planejamento
de um Sistema de Gerenciamento Ambiental organizacional, incluindo:
5.3.1 Aspectos Ambientais
5.3.2 Requisitos Legais e outros
5.3.3 Objetivos e Metas
5.3.4 Programas de Gerenciamento do Meio Ambiente
5.4 Implementação e Operação
Ainda mediante a ABNT (1996), essa seção apresenta os requisitos para o
estabelecimento e manutenção de um sistema de gestão ambiental organizacional e
inclui os seguintes subitens:
5.4.1 Estrutura e Responsabilidade
5.4.2 Treinamento, Conscientização e Competência.
5.4.3 Comunicação
5.4.4 Documentação do Sistema de Gestão Ambiental
5.4.5 Controle de Documentos
5.4.6 Controle Operacional
5.4.7 Preparação e atendimento de emergências
58
5.5 Verificação e Ação Corretiva
Essa seção estabelece os requisitos que uma empresa precisa cumprir para monitorar
seu cumprimento ao SGA e corrigir todos os desvios que por ventura venham a surgir.
Inclui:
5.5.1 Monitoramento e Medição
5.5.2 Não-Conformidade e Ações Corretivas e Preventivas
5.5.3 Registros
5.5.4 Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental
5.6 Análise crítica pela administração
Segundo ABNT (1996), nessa seção a alta gerência da organização tem como
responsabilidade revisar o SGA para assegurar sua continua adequabilidade, eficiência
e eficácia.
5.7 Anexos A, B, C.
A ISO 14001 apresenta ainda três anexos informativos. O primeiro anexo, A, tem por
objetivo fornecer informações adicionais sobre os requisito, procurando evitar assim
interpretações errôneas da especificação. O anexo B, por sua vez apresenta tabelas de
correspondências entre a NBR ISO 14011 e a NBR ISO 9001. E o anexo C apresenta a
bibliografia utilizada.
3.12 Processo de Certificação
59
De acordo com Zolcsak (2002), o desenrolar de uma certificação do Sistema de Gestão
Ambiental - SGA de uma empresa, segundo a norma ISO – 14001, ocorre pelo
fluxograma genérico descrito a seguir:
a) Empresa
questionário preliminar da Certificadora.
b) Certificadora
c) Empresa
d) Certificadora faz auditoria de certificação
correção de não-conformidades
acompanhamento.
Conforme Donaire (1999), A repercussão da questão ambiental dentro da organização
e o crescimento de sua importância ocorrem a partir do momento em que a empresa se
dá conta que essa atividade, em vez de dispendiosa, pode transformar-se em uma
excelente oportunidade de redução de custos, através de reciclagem, reuso, utilização
de tecnologias mais limpas, diminuição da emissão de efluentes.(...).
Þ implanta o sistema Þ solicita proposta para certificação Þ respondeÞ analisa documentos Þ faz pré-auditoria na EmpresaÞ corrige não-conformidadesÞ faz reauditoria se necessário, apósÞ emite certificado e contrato para auditorias de
3.13 Os Sistemas de Normatização para a Gestão Ambiental
De acordo com Zolcsak (2002), atualmente em muitos países encontram-se entidades
há muito estabelecidas que lidam com a normatização técnica de processos e produtos
60
industriais e de serviços. Estas entidades representam a ISO –
Organization for Standardization
que promove normas internacionais de aceitação voluntária, tais como a série 9000, de
gestão da qualidade, voltada para o produto e a série 14000, voltada para a gestão da
qualidade ambiental. No Brasil a ISO é representada pela ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas, entidade privada, que traduz e publica normas técnicas.
International, uma federação mundial de entidades de normatização
4.0 HISTÓRICO DA OXITENO DO NORDESTE S/A.
Mediante com Oxiteno (2004), a história da Oxiteno confunde-se com a da própria
Petroquímica Brasileira. Uma história de êxito, calcada no modelo de planejamento
estatal centralizado que vigorava na época da sua implantação, considerando os
escassos recursos do País, quer de capital, de tecnologia dos processos petroquímicos,
de matérias-primas, de apenas um punhado de pessoal novato com mediana
capacitação gerencial, mas com visão muito clara da importância do desenvolvimento
do setor petroquímico para a economia do País, na direção de sua modernidade.
61
A Oxiteno iniciou suas operações em 07 de dezembro de 1973, produzindo Óxido de
Eteno pela primeira vez no país na unidade de Mauá – S.P. A planta da Bahia deu
partida em maio de 1978 (OXITENO, 2004).
Conforme Oxiteno (2004), o Pólo de Camaçari viabilizou-se capitaneado pela
Petroquisa e pelos novos grupos empresariais regionais. Aí foi implantada com sucesso
a nova fábrica, que passou a ser a principal da Oxiteno, deveu-se muito à razoável
capacitação interna em engenharia de processo e básica, gerenciamento da
implantação de projetos e, primordialmente, no domínio do processo, condição
fundamental para um rápido e seguro
Oxiteno (2004), afirma que a "planta" de Óxido de Etileno foi projetada para as 105.000
t/a, sendo duas cadeias de reação de 52.500 t/a cada uma, visto que estes eram os
reatores de maior capacidade até então construídos, segundo o "
licenciador
capacidade de 142.000 t/a em uma só etapa.
De acordo com a Oxiteno (2004), coroando todas essas realizações no campo
tecnológico, em 1988, a Oxiteno conquistou o Prêmio Liceu de Tecnologia, de âmbito
nacional, envolvendo os diferentes segmentos industriais do País, concorrendo com
fortes candidatos. Para grande orgulho, registra-se a venda da tecnologia das
Etanolaminas para a empresa petroquímica do Irã, cuja unidade entrou em operação
start-up das unidades.design" mecânico doScientic Design - SD. A unidade dos glicóis foi projetada e construída para a
62
com sucesso, pontifica a Oxiteno no cenário petroquímico nacional como
tecnologicamente avançada, sendo a única empresa petroquímica nacional, até então a
realizar este feito.
No final de 2003 houve a aquisição da empresa química mexicana CANAMEX,
passando a Oxiteno ser uma empresa transnacional (OXITENO, 2004).
Oxiteno (2004), relata que ela é uma das principais indústrias químicas do Brasil. Um
dos principais produtores brasileiros de tensoativos e especialidades químicas. Único
produtor brasileiro de óxido de eteno, etilenoglicóis, etanolaminas, éteres glicólicos e
metil-etil-cetona
.
Uma empresa do Grupo Ultra, que ao final de 2003 completou 30 anos. Seu
faturamento liquido médio anual é de U$ 419 milhões (OXITENO, 2004).
4.1 Número de Funcionários
Em consonância com a Oxiteno (2005), toda a sua corporação, que compreende em um
escritório central na cidade de São Paulo e quatro unidades fabris, assim distribuídas:
uma em Mauá e outra em Tremembé no Estado de São Paulo; uma Triunfo no Rio
Grande do Sul e outra em Camaçari na Bahia tem 920 funcionários. Na Oxiteno
63
Nordeste existem 228 colaboradores diretos, sendo que 205 são homens e 23 são
mulheres.
4.2 Certificações e Prêmios
Oxiteno (2005), destaca que em meados do segundo trimestre de 1994, foi designado
pela alta direção da Oxiteno, uma comissão, que tinha como missão implantar em toda
a organização o Sistema da Qualidade, com o propósito de adequar-se a uma nova
tendência mundial de mercado, a de maior responsabilidade ambiental.
Desta maneira em 15 de dezembro de 1995 a empresa foi certificada com base na ISO
– 9001/1994, que normatiza a qualidade do produto, sendo recertificada em 10 de
dezembro de 2001, já na versão 2000 da norma; em 21 de julho de 1998 foi certificada
com base na QS–9000/1996, que normatiza a qualidade do produto na indústria
automobilística; em 15 de março de 2002 foi certificada com base na SA-8000/ 2001,
que normatiza a responsabilidade social e a ética nas empresas; em 07 de agosto de
2002 foi certificada com base na ISO – 14001, que normatiza a qualidade ambiental.
Em 20 de março de 2004 a empresa é agraciada com um dos mais desejados prêmios
na área da segurança, que é o Prêmio Pólo de Segurança, oferecido pelo COFIC –
Comitê de Fomento Industrial de Camaçari, a quem demonstra eficiência e zelo nas
64
questões relacionadas com a segurança do trabalho e higiene ocupacional. Fato que se
repetiu na edição 2005 do prêmio, em maio do ano corrente.
4.3 O SGA na Oxiteno
A repercussão e aceitação na empresa foi bastante entusiasmante, de forma que os
colaboradores incorporaram muito bem as novas metodologias de gestão, que traziam
em seu bojo uma completa mudança de comportamento e atitude. Possibilitando assim
que houvesse um progresso nas atividades de todos os setores da organização,
embora a mesma já detivesse de um alto grau de qualidade em suas atividades.
Segundo Oxiteno (2004), com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental - SGA,
notou-se um ganho substancial tanto econômico - em função dos ajustes que tiveram
que ser feitos para atendimento das metas ambientais, diminuindo perdas no processo
produtivo, desperdícios no consumo de água e energia elétrica etc, uma das
condicionantes para o processo de certificação - quanto comportamental em função da
mudança de atitude frente às questões ambientais, trazendo benefícios e compromisso
visível para toda a comunidade Oxiteno, além de um ganho intelectual, pois uma
numerosa quantia de treinamentos foi ministrado a toda comunidade de colaboradores
diretos e indiretos, corroborando com os outros ganhos acima citados, e ainda
passando a ser um veículo alfabetizador ambiental.
65
Conforme Jesus
uma melhoria expressiva na
sua performance
ambiental, no momento em
que os seus colaboradores
passaram a entender, participar e divulgar dentro e fora dos limites de produção todo o
conhecimento adquirido, cônscios de que, sem um meio ambiente equilibrado e
saudável, o homem está condenado à destruição. Portanto, jamais se poderá especular
sobre progresso e desenvolvimento, sem considerar, antes de qualquer outro valor, as
conseqüências trazidas ao meio ambiente, decorrentes de sua exploração econômica, e
como preservá-lo para as gerações presentes e futuras, em busca de um mundo mais
humano e habitável.
et all (2003), a Oxiteno após a implantação de seu SGA, conseguiu
3.0 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Distribuição por Sexo Amostra %
Masculino 153 87
Feminino 23 13
Total 176 100
66
Tabela 01: Distribuição por Sexo
13%
87%
FEMIN.
MASC.
Figura 02: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Sexo
A tabela 01 e a figura 02 indicam que no universo amostral existe a prevalência de 87%
de pessoas do sexo masculino e de 13% de pessoas do sexo feminino. Valores
bastante semelhantes com a distribuição total da Oxiteno Nordeste, fenômeno este, que
é justificado pelo fato de historicamente nesta atividade industrial, a mão de obra
utilizada é eminentemente na sua maioria do sexo masculino.
Distribuição por Idade Amostra %
De 18 a 25 anos 29 16
De 26 a 33 anos 28 16
De 34 a 41 anos 45 26
67
De 42 a 49 anos 47 27
>50 anos 27 15
Total 176 100
Tabela 02: Distribuição por Idade
16%
16%
26%
27%
15%
DE 18 A 25
DE 26 A 33
DE 34 A 41
DE 42 A 49
>50
Figura 03: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Idade.
A tabela 02 e a figura 03 demonstram a predominância dos 176 funcionários da OXN
entrevistados (77,2% do total de colaboradores) é que 68% têm idade superior a 33
anos. Desta forma, estes dados corroboram com o sucesso da implantação do SGA,
pois a maturidade da comunidade Oxiteno, a leva a obter excelentes índices de
produtividade e de desempenho de todos os modelos de gestão implantados.
68
Distribuição por Tempo de
Companhia
Amostra %
De 01 a 05 anos 43 25
De 06 a 11 anos 28 16
De 12 a 17 anos 32 18
De 18 a 23 anos 29 16
De 24 a 29 anos 38 22
> 30 anos 06 03
Total 176 100
Tabela 03: Distribuição por tempo de Companhia.
25%
16%
18%
16%
22%
3%
DE 1 A 5
DE 6 A 11
DE 12 A 17
DE 18 A 23
DE 24 A 29
>30
Figura 04: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Tempo de Companhia
A tabela 03 e a figura 04 revelam que na amostra 59% têm tempo de companhia superior a
11anos e 75% estão na empresa a mais de 5 anos. Mostrando que a organização detêm uma
baixa rotatividade de pessoal, fator preponderante, juntamente com comprometimento dos
mesmos para o sucesso operacional da OXN.
69
Distribuição por Cidade
onde Reside
Amostra %
Candeias 2 1
Camaçari 15 9
Dias D'Avila 6 3
Lauro de Freitas 9 5
Outras 3 2
Salvador 141 80
Total 176 100
Tabela 04: Distribuição por Cidade onde Reside.
1%
3% 9%
80%
2% 5%
CANDEIAS
CAMAÇARI
DIAS
D'AVILA
LAURO DE
FREITAS
OUTRAS
SALVADOR
Figura 05: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Cidade onde Reside.
Existe a predominância em 80% da amostra na escolha de moradia em Salvador
(tabela 04 e figura 05). Fato este, que deve-se por haver na cidade maior infraestrutura,
principalmente educacional. Porém nota-se, ainda tímida, uma procura por
cidades menores da região metropolitana, em busca de melhor qualidade de vida.
70
Distribuição por Número
de Dependentes
Amostra %
0 Dependente 45 25
1 Dependente 15 9
2 Dependentes 31 18
3 Dependentes 41 23
4 Dependentes 30 17
5 Dependentes 14 8
Total 176 100
Tabela 05: Distribuição por Número de Dependentes.
25%
9%
18%
23%
17%
8%
0 DEPENDENTE
1 DEPENDENTE
2 DEPENDENTES
3 DEPENDENTES
4 DEPENDENTES
5 DEPENDENTES
Figura 06: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Número de Dependentes.
Demonstrado através da tabela 05 e da figura 06 que prevalece em 66% da amostra ter
entre 2 e 5 dependentes e que 41% deste mesmo universo amostral tem entre um e
71
dois dependentes. Dentro de um contexto atual de se manter uma família o menos
numerosa possível.
Distribuição por
Ocupação
Amostra %
Operador Sênior 36 20,45
Operador Pleno 36 20,45
Operador Junior 26 15,80
Produtor 12 6,82
Engenheiro 5 2,84
Mantenedor 5 2,84
Operador C. D. 14 7,95
Líder de Célula 1 0,57
Enfermeira 1 0,57
Aux. de Enfermagem 1 0,57
Controlador de Produção 1 0,57
Tec. Segurança do Trabalho 1 0,57
Tec.Manutenção 10 5,68
Estagiário 6 3,41
Administrativo 18 10,23
Não Declarado 3 1,70
Total 176 100
Tabela 06: Distribuição por Ocupação.
72
NÃO DECLARADO
ADMINISTRATIVO
ESTAGIARIO
TEC.MANUTENCAO
TEC. SEG. TRAB.
CONTR. DE PRODUC.
AUX. DE ENFERM.
ENFERMEIRA
LIDER
OPERADOR C.D.
MANTENEDOR
ENGENHEIRO
PRODUTOR
OPERADOR JUNIOR
OPERADOR PLENO
OPERADOR SENIOR
0
10
20
30
40
Figura 07: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Ocupação.
Percebe-se, conforme a tabela 06 e a figura 07 que há uniformidade e homogeneidade
amostral, com representatividade dos dados, demonstrando que não houve
direcionamento e nem manipulação da amostra.
Disposição por Renda
Familiar
Amostra %
De 1 a 5 30 17
De 6 a 11 69 39
De 12 a 17 56 32
De 18 a 23 17 10
>24 4 2
Total 176 100
Tabela 07: Distribuição por Renda Familiar.
73
17%
39% 32%
2% 10%
DE 1 A 5
DE 6 A 11
DE 12 A 17
DE 18 A 23
>24
Figura 08: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Renda Familiar
.
De acordo com a tabela 07 e a figura 08, constatou-se que os entrevistados, 84%
declararam ter uma renda superior a 5 salários mínimos e 44% superior a 11 salários
mínimos. Números inseridos na política de cargos e salários da organização e da
prática salarial do setor econômico em que a mesma está inserida regionalmente.
Distribuição por Instrução Amostra %
Não Declarado 2 1
2° Grau Incompleto 16 9
2° Grau Completo 79 46
3° Grau Incompleto 37 21
3° Grau Completo 29 16
Pós-Graduado 13 7
Total 176 100
Tabela 08: Distribuição por Instrução.
74
7%
46%
9% 1%
16%
21%
NÃO DECLARADO
2° GRAU
INCOMPLETO
2° GRAU COMPLETO
3° GRAU
INCOMPLETO
3° GRAU COMPLETO
PÓS-GRADUADO
Figura 09: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Instrução.
Já a tabela 08 e a figura 09 revelam que os empregados da OXN questionados 46%
têm o segundo grau completo e 44% têm escolaridade superior ao 2° grau. A alta
instrução destes, corrobora o incentivo dispensado pela empresa com o auto
desenvolvimento e capacitação de seus colaboradores.
Distribuição por se funcionário
da OXN antes do SGA
Amostra %
Sim 144 82
Não 32 18
Total 176 100
Tabela 09: Distribuição por se funcionário da OXN antes do SGA
.
75
82%
18%
SIM
NÃO
Figura 10: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por se funcionário da OXN antes do SGA.
Dos funcionários que responderam o questionário, 82% afirmam que já trabalhavam na
Oxiteno Nordeste antes da implantação do SGA, conforme ilustra a tabela 09 e a figura
10. Fato que denota a baixa rotatividade de pessoal da organização, ora visto, que a
pesquisa deu-se a aproximadamente três anos após da implantação do seu SGA.
Distribuição por Consciência
Ambiental antes do SGA na Oxiteno
Amostra %
Pouco 29 16
Moderado 109 62
76
Muito 33 19
Não Declarado 5 3
Total 176 100
Tabela 10: Distribuição por Consciência Ambiental antes do SGA da Oxiteno.
16%
62%
19%
3%
POUCO
MODERADO
MUITO
NÃO
DECLARADO
Figura 11: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição Consciência Ambiental antes do SGA na
Oxiteno.
78% revelam detinham um nível de consciência ambiental entre pouca e moderada
antes da implantação do SGA na OXN, como mostram a tabela 10 e a figura 11.
Demonstrando, assim, que havia uma atmosfera de pouco conhecimento ambiental,
para a maioria da amostra.
77
Distribuição por Consciência
Ambiental após o SGA na Oxiteno
Amostra %
Pouco 5 3
Moderado 20 11
Muito 147 84
Não Declarado 4 2
Total 176 100
Tabela 11: Distribuição por Consciência Ambiental após o SGA da Oxiteno.
84%
11%
2%
3%
POUCO
MODERADO
MUITO
NÃO
DECLARADO
5
Figura 12: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Consciência Ambiental após o SGA na
Oxiteno.
Após a implantação do Sistema de Gestão Ambiental o índice de consciência do ponto
vista do meio ambiente foi considerada muito alta por 84% dos entrevistados, e
somando-se os níveis de consciência muito e moderado chega-se a 95% dos
colaboradores, mediante a tabela 11 e a figura 12. Numa demonstração que no
processo de implantação do SGA, as metas educacionais foram atingidas em quase
sua plenitude, se comparado os números de antes da implementação do referido
Sistema. Dados que contextualizam pesquisa realizado pela UFBA, onde aparece que
61% dos empregados questionados entendem o seu papel no atendimento à Política
Ambiental da organização e suas responsabilidades individuais para com o meio
ambiente.
78
Como a partir deste ponto da pesquisa, basicamente serão abordadas práticas e
sentimentos pessoais, com demonstrações fora dos domínios da empresa, passaremos
a falar então da transcendência do SGA
.
Distribuição por Interesse
pelas Questões Ambientais
Amostra %
Pouco 0 0
Moderado 19 11
Muito 156 88
Não Declarado 1 1
Total
176 100
Tabela 12: Distribuição por Interesse pelas Questões Ambientais.
0%
11% 88%
1%
POUCO
MODERADO
MUITO
NÃO
DECLARAD
O 5
Figura 13: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Interesse pelas Questões Ambientais.
84% dos funcionários entrevistados declaram-se que continuam muito interessados
pelas questões ambientais. Estes dados vêm confirmar que os treinamentos
disponibilizados à comunidade Oxiteno atingiram com eficácia e eficiência ao seus
objetivos, sensibilizando-os seus membros com solidez para as questões ambientais,
conforme tabela 12 e figura 13.
79
Distribuição por Uso racional dos
Recursos Naturais na Residência.
Amostra %
Água – Sim
166 94
Água – Não
Total da variável Água
10 6176 100
Energia – Sim
168 95
Energia – Não
Total da variável Energia
8 5176 100
Gás de Cozinha – Sim
115 66
Gás de Cozinha – Não
57 32
Gás de Cozinha – Não Declarado
Total da variável Gás de Cozinha 176 100
4 2
Tabela 13: Distribuição por Uso Racional dos Recursos Naturais na Residência.
2%
32%
66%
5%
95%
6%
94%
0
50
100
150
200
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
ND
Água Energia Gás de
Cozinha
Figura 14: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Uso Racional dos Recursos Naturais na
Residência.
No universo da amostral 94% afirma que faz o uso racional da água, 95% de energia
elétrica e 66% usam racionalmente o gás de cozinha na residência. Demonstrando
categoricamente, que o novo (para a maioria) conhecimento ambiental foi interiorizado
e consolidado como prática familiar, mostrado na tabela 13 e a figura 14.
80
Distribuição por Importância
da Reciclagem
Amostra %
Pouco 0 0
Moderado 7 4
Muito 168 95
Não Declarado 1 1
Total 176 100
Tabela 14: Distribuição por Importância da Reciclagem.
0%
4%
95%
1%
POUCO
MODERADO
MUITO
ND
Figura 15: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Importância da Reciclagem.
95% dos entrevistados declaram a reciclagem como um processo muito importante,
como explicitado na tabela 14 e na figura 15. Numa caracterização consistente do
aproveitamento dos treinamentos recebidos e de que estão cônscios do seu papel
perante o meio ambiente.
81
Distribuição por Prática de
Coleta Seletiva na
Residência
Amostra %
Pouco 63 36
Moderado 79 45
Muito 32 18
Não Declarado 2 1
Total 176 100
Tabela 15: Distribuição por Prática de Coleta Seletiva na Residência.
36%
45%
18%
1%
POUCO
MODERADO
MUITO
ND
Figura 16: Perfil dos funcionários da Oxiteno - Distribuição por Prática de Coleta Seletiva na Residência.
A amostra afirma que pratica Coleta Seletiva de Lixo em casa, é entre moderado e
muito em 63% (tabela 15 e figura 16). Dentro das 32 pessoas (18%) que declararam
que praticam muito, 53,1% têm escolaridade superior ao segundo grau e das 79
pessoas (45%) que declararam esta prática moderadamente 53,2% têm o 2° grau
completo e 34,2% acima deste. Percebe-se que: quanto maior a escolaridade do
82
pesquisado, maior é seu comprometimento com o meio ambiente. Com referência
Coleta Seletiva, não foi identificado uma prática consistente e significativa na residência
dos entrevistados, em função de que esta condição está atrelada a questões culturais e
sofrer interferências de algumas externalidades, como: ausência de coleta pública que
possibilite esta pratica, distancia elevada entre coletores públicos e residência, e até
nível baixo de intelectualidade da secretária do lar.
Distribuição por Participação em
Programa de Educação Ambiental
no Bairro ou Condomínio
Amostra %
Sim 16 9
Não 160 91
Total 176 100
Tabela 16: Distribuição por Participação em Programa de Educação Ambiental no Bairro ou Condomínio.
16
160
0
50
100
150
200
SIM NÃO
Figura 17: Perfil dos funcionários da Oxiteno - Distribuição por Participação em Programa de Educação
Ambiental no Bairro ou Condomínio.
Do universo amostral apenas 16 pessoas (9%) participam de algum tipo de programa
de educação ambiental no bairro e/ou condomínio, sendo que destes 62,5% faz coleta
83
seletiva de resíduos e acima de 87,5% usam racionalmente água, energia, gás de
cozinha e usam saco de lixo no carro, (tabela 16 e figura 17). Caracterizando que os
entrevistados têm pouco envolvimento com práticas ambientais corretas fora do
contexto familiar.
Distribuição por Uso de
Saco de Lixo no Carro
Amostra %
Sim 119 68
Não 46 26
Não Declarado 11 6
Total 176 100
Tabela 17: Distribuição por Uso de Saco de Lixo no Carro.
68%
26%
6%
SIM
NÃO
ND
Figura 18: Perfil dos funcionários da Oxiteno - Distribuição por Uso de Saco de Lixo no Carro.
84
Da comunidade entrevistada, há a predominância de 68% que afirmam usar saco de
lixo no carro (tabela 17 e figura 18). Numa demonstração clara de responsabilidade e
simbiose ambiental.
Distribuição por Disposição
de Lixo nas Ruas
Amostra %
Sim 5 3
Não 170 96
Não Declarado 1 1
Total 176 100
Tabela 18: Distribuição por Disposição de Lixo nas Ruas.
85
96%
3%1%
SIM
NÃO
ND
Figura 19: Perfil dos funcionários da Oxiteno - Distribuição por Disposição de Lixo nas Ruas.
No universo amostral predomina em 96% os que declaram-se não jogar lixo nas ruas,
(tabela 18 e figura 19). Denotando que existe sustentação nos conhecimentos
transmitidos a esta comunidade e que a consciência ambiental esta num processo
evolutivo.
Distribuição por Consciência
Ambiental Familiar
Amostra %
Pouco 15 9
Moderado 102 57
Muito 58 33
Não Declarado 1 1
Total 176 100
Tabela 19: Distribuição por Consciência Ambiental Familiar.
86
9%
57%
33%
1%
POUCO
MODERADO
MUITO
ND
Figura 20: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Consciência Ambiental Familiar.
Na amostra, os funcionários da Oxiteno afirmam que suas famílias têm atitudes de
consciência ambiental de 57% em moderada e 33% em muito (tabela 19 e figura 20).
Sendo que, as 58 pessoas que se declaram com atitude de muita consciência ambiental
possuem escolaridade 60,3% superior ao segundo grau, 53,4% ocupam cargos
gerenciais, 74% têm mais de um dependente, 55,2% afirmam ter renda familiar superior
a 11 salários mínimos. Percebe-se que o nível instrução, hierárquico, renda familiar e
até número de dependentes interferem no nível de consciência ambiental familiar.
Distribuição por Contribuição do
SGA Oxiteno na Consolidação da
Consciência Ambiental
Amostra %
Pouco 3 2
Moderado 30 17
Muito 142 80
87
Não Declarado 1 1
Total 176 100
Tabela 20: Distribuição por Contribuição do SGA Oxiteno na Consolidação da Consciência Ambiental.
17%
80%
2% 1%
POUCO
MODERADO
MUITO
ND = NÃO DECLARADO
ND
Figura 21: Perfil dos funcionários da Oxiteno – Distribuição por Contribuição do SGA Oxiteno na
Consolidação da Consciência Ambiental.
O universo amostral afirma ainda, que a implantação do SGA da OXN contribuiu para a
consolidação da sua consciência ambiental de forma moderada em 17% e muito em
80% (tabela 20 e figura 21). Atribuindo-se esta variável para o grupo das 58 pessoas
citado na pagina anterior, o percentual sobe para 90%. Percebe-se nitidamente que a
implementação deste Sistema estabeleceu-se como um divisor de águas para a
mudança de postura ambiental da comunidade Oxiteno.
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
88
A Conferência de Estocolmo, em sua recomendação nº 96, reconhece o
desenvolvimento da Educação Ambiental. Dessa maneira, já é possível, constatar-se o
estado de consciência ecológica que reina em todo o mundo, levando empresas a
divulgarem, como forma de marketing, todos seus investimentos em prol do meio
ambiente, tornando-as ideologicamente mais atraentes aos consumidores, a outros
parceiros empresariais, bem como a sociedade de modo geral.
No mundo moderno não há mais espaços para os ideais de progresso advindos da
revolução industrial, onde o único valor reconhecido era o aumento da produção
econômica.
Outros valores são pesados junto ao aumento econômico, tais como a degradação
ambiental provocada pela implementação de uma determinada atividade econômica,
em busca do bem maior que deve servir de parâmetro para qualquer sociedade, a
qualidade da vida humana, que depende diretamente da qualidade de seu habitat e do
meio ambiente como um todo.
O objetivo da melhoria ambiental, que é uma demanda da contemporaneidade, deve
levar em consideração que os conhecimentos correlatos com a natureza, devem ser
socializados com exaustão, para que haja uma minimização do analfabetismo
ambiental. Ou seja, a educação é o caminho mais curto para remediar os problemas
89
que comprometem o meio ambiente e os diversos atores sociais, como: empresas,
sindicatos, Ongs e Estado devem estar imbuídos deste papel educativo.
Conforme pesquisa realizada anteriormente, a OXN após a implantação do seu SGA,
conseguiu uma melhoria expressiva na sua performance ambiental, com sua
comunidade passando a entender, participar e divulgar dentro e fora do
todo o conhecimento absorvido.
Os resultados da pesquisa realizada pelo autor desse trabalho vêm corroborar a
afirmação anterior. Constatou-se que existe uma mudança de comportamento, facilitada
pelo alto nível de instrução, pela maioria da faixa etária acima dos 33 anos de idade,
pelo tempo de organização da maioria ser superior a 11 anos de seus colaboradores,
tendênciada por antes implantação do SGA a maioria dos funcionários da OXN julgavase
com pouca e moderada consciência ambiental e que após a implantação a grande
maioria passa admitir que têm muita consciência, passando a partir daí a adotar
práticas ambientais saudáveis, principalmente em suas residências, como: uso racional
de água, energia elétrica, gás de cozinha; coleta seletiva de lixo (embora ainda de
maneira tímida); uso de saco de lixo no veiculo e a disposição de não jogar lixo nas
ruas. Reafirmando a importância da reciclagem e mantendo-se interessados pelas
questões ambientais.
site produtivo
90
Diante dos resultados apresentados, a transcendência está contextualizada, porém
percebida mais acentuadamente no âmbito residencial e em pessoas de níveis
hierárquicos de médio para cima, instrução acima do nível médio, ganho maior que 11
salários mínimos e com número de dependentes superior a um.
Pode-se afirmar que a maioria dos colaboradores da Oxiteno, usando como base os
conhecimentos ambientais adquiridos após a implantação do Sistema de Gestão
Ambiental, posicionam-se como agentes modificadores e transformadores do meio
ambiente, conscientes do seu papel na prevenção e preservação ambiental.
Transcendem, assim, voluntariamente todo o novo saber ambiental além dos portões da
Oxiteno Nordeste.
91
REFERÊNCIAS
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ambiental na implantação da ISO 14001.
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popular e gestão ambiental para o nosso futuro comum: uma necessidade, um
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Sistemas de Gestão Ambiental – diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e
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92
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93
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95
APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO DA PESQUISA
96
QUESTIONÁRIO SÓCIO-AMBIENTAL
1 – IDADE: (ANOS)
18 — 25 26 —33 34— 41 42— 49 > 50
2 – SEXO: MASCULINO FEMININO
3 – TEMPO DE SERVIÇO: (ANOS)
1 – 5 6 – 11 12 – 17 18 – 23 24 – 29 > 30
97
4 – NUMERO DE DEPENDENTES: ________________________
5 – CIDADE ONDE RESIDE:______________________________
6 – FUNÇÃO QUE OCUPA:_______________________________
7 – RENDA FAMILIAR: (SALÁRIOS MINIMOS)
1 – 5 6 – 11 12 – 17 18 – 23 >24
8 – VOCÊ JÁ ERA FUNCIONARIO DA OXITENO NORDESTE QUANDO HOUVE A
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL –
SIM NÃO
9 – ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL?
POUCO MODERADO MUITO
10 – DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO
CONSCIENTE DO PONTO DE VISTA AMBIENTAL?
POUCO MODERADO MUITO
11 – VOCÊ CONTINUA INTERESSADO PELAS QUESTÕES AMBIENTAIS?
POUCO MODERADO MUITO
12 – VOCÊ PERTENCE A ALGUMA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, PARTICIPA DE
ATIVIDADES COMUNITÁRIAS E/OU FILANTROPICAS?
SIM NÃO
13 – QUAL SEU GRAU DE INSTRUÇÃO?
1º GRAU COMPLETO 2º GRAU INCOMPLETO 2º GRAU COMPLETO
3º GRAU INCOMPLETO 3º GRAU COMPLETO PÓS GRADUADO
14 – VOCÊ EM CASA, PÕE EM PRÁTICA ALGUM PROGRAMA DE USO RACIONAL ?
98
DA ÁGUA SIM NÃO
DE ENERGIA SIM NÃO
DE GÁS SIM NÃO
15 – QUAL A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM?
POUCO MODERADO MUITO
16 – EM SUA CASA VOCÊ PRATICA COLETA SELETIVA DE LIXO?
POUCO MODERADO MUITO
17 – EM SEU BAIRRO OU CONDOMÍNIO VOCÊ PARTICIPA DE ALGUM PROGRAMA
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL?
SIM NÃO
18 – QUAL?_______________________________________________
19 – VOCÊ USA SACO DE LIXO EM SEU CARRO?
SIM NÃO
20 – VOCÊ COSTUMA JOGAR LIXO NA RUA?
SIM NÃO
21 – SUA FAMILIA TEM ATITUDE CONSCIENTE DO PONTO DE VISTA AMBIENTAL?
POUCO MODERADO MUITO
22 – QUAL A CONTRIBUIÇÃO QUE A IMPLANTAÇÃO DO SGA DA OXITENO
NORDESTE ACRESCENTOU-LHE PARA A CONSOLIDAÇÃO DA SUA CONSCIÊNCIA
AMBIENTAL?
POUCO MODERADO MUITO
99
SGA ?SGA VOCÊ JULGAVA-SE UMA PESSOA COMSGA VOCÊ TORNOU-SE UMA PESSOA MAIS

Faculdades Polifucs
Curso de Administração com Habilitação em Gestão Ambiental
Valfredo de Andrade e Silva Junior