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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Para refletir - O cego e o filhote de Lobos

O Cego e o filhote de Lobos

Um Cego de nascença tinha a capacidade de distinguir diferentes animais, apenas tocando-os com suas mãos.

Trouxeram-lhe então um filhote de Lobo, e colocando-o em seu colo, pediram que o tocasse e depois descrevesse que animal era aquele.

Ele correu as mãos sobre o animal, e estando em dúvida, disse:

Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.

Autor: Esopo

Moral da História: As más tendências são mostradas já na primeira infância.

Mensagem de amor - Te amo tanto

Te Amo Tanto...
Queria que Deus permitisse que
A maior distância entre nós
Fosse a dos nossos lábios entrelaçados,
Para sempre em nosso amor.
Meu coração bate forte e alto
Para que o seu possa senti-lo e ouvi-lo
que seu amor nunca morra e se esqueça do meu.
seu amor nunca morra e se esqueça do meu.
Assim como os pássaros não vivem sem o céu,
Assim como os peixes não respiram sem a água,
Assim como os planetas não existe sem o universo,
Posso dizer, com toda sinceridade,
Que não vivo sem você.
São palavras escritas agora,
Mas para serem lembradas para sempre,
Guardadas em seu coração e em sua mente,
Te amo, te amo tanto...
Desse coração você ouvirá apenas
Palavras de amor, carinho e apoio.
Viva, cresça e envelheça ao meu lado...
Te amo, te amo tanto...

Autor Desconhecido

Piadas

SE FOR MENTIR CONVENÇA
O Advogado saiu do escritório, encontrou a sua secretária no ponto de ônibus e caía a maior chuva.
Ele parou o carro e perguntou:
- Você quer uma carona?
- Claro, respondeu ela, entrando no carro.
Chegando ao edifício onde ela morava, ele parou o carro para que ela saísse e ela o convidou para entrar no seu apartamento.
- Não quer tomar um cafezinho, um whisky, ou alguma coisa?
- Não, obrigado, tenho que ir para Casa.
- Imagine, o Senhor foi tão gentil comigo, vamos entrar só um pouquinho.
Ele subiu, atendendo ao pedido da moça.
Ao chegarem ao apartamento, ele tomava seu drink enquanto ela foi para dentro e voltou toda gostosa e perfumada.
Depois de alguns goles, quem pode aguentar?
Ele caiu, literalmente. Transou com a secretária e acabou adormecendo.
Por volta das 4:00 h da manhã, ele acordou, olhou no relógio e levou o maior susto.
Aí ele pensou um pouco e disse à sua secretária:
- Você me empresta um pedaço de giz?
Ela entregou-lhe o giz, ele pegou, colocou atrás da orelha e foi pra casa.
Lá chegando, encontrou a mulher louca de raiva e ele foi logo contando..
- Quando saí do trabalho dei carona para a minha secretaria, depois que chegamos ao prédio onde ela mora, ela me convidou para subir e me ofereceu um drink, em seguida, ela foi para o banho e retornou com uma camisola transparente e muito linda, e após vários goles acabamos indo para a cama e fizemos amor, aí dormi e acordei agora há pouco...
A mulher deu um berro e falou:
- Seu mentiroso filho da puta, sem vergonha, estava no bar jogando sinuca com os seus amigos, nem sabe mentir, até esqueceu o giz na orelha.
Jovem Ginecologista
Um jovem ginecologista, recém-formado, atende uma garota de fechar o comércio.
Ele pede para ela se despir, mas abandona a ética profissional imediatamente quando a vê nua sobre a cama ginecológica.
Ele não resiste, e passa a mão sobre aquela pele lisa e sensual.
- Você entende o que estou fazendo?
A moça responde:
- O senhor está fazendo um teste dermatológico?
- Exatamente, diz o médico.
Depois ele acaricia aqueles seios duros e empinados.
E novamente pergunta:
- Você entende o que estou fazendo?
- O senhor está verificando se eu tenho algum tumor no seio?
O médico mente mais uma vez:
- Exato!
Não resistindo, vendo aquelas pernas abertas, ele abaixa as calças e enfia seu membro nela.
- E agora,
você entende o que estou fazendo?
- Sim, doutor.
O senhor está contraindo herpes e HIV que é o motivo pelo qual estou aqui.
''Aonde estamos''?!
O presidente dos EUA, o presidente da França, e o presidente do BRASIL estavan num avião.
O presidente dos EUA colocou a mão fora do avião:Estamos nos EUA, como você sabe eles perguntam:Eu passei a mão na estátua da liberdade!!!
O presidente da França colocou a mão fora da janela e disse:Estamos na França, como você sabe?:Eu toquei na torre Eifel!!!
O presidente do Brasil colocou a mão fora da janela e disse:Estamos no Brasil, como vc sabe?:Roubaram meu relógio!!!!
Cantadas em Loiras não da certo
HOMEM - Oi gata... Qual é seu telefone?
LOIRA - Nokia. E o seu?
HOMEM - Uau! Isso aqui é uma calçada ou uma passarela de moda?
LOIRA - Hum, agora você me pegou... É que eu não sou daqui. Então não sei te informar...
HOMEM - Eu não tiro o olho de você!
LOIRA - Ainda bem, né? Senão eu fico cega!
HOMEM - Nossa! Eu não sabia que boneca andava!
LOIRA - Sério? Nossa, você tá por fora, hein? Já tem até Barbie que anda de bicicleta!
HOMEM - Que curvas, hein!
LOIRA - Nem me fala... Eu bati o carro 7 vezes pra chegar nessa festa!
HOMEM - Esse seu vestido vai ficar lindo jogado no chão do meu quarto!
LOIRA - Quer comprar um igual pra fazer um tapete? Eu te indico a loja...
HOMEM - Meu coração disparou quando eu te vi!
LOIRA - Socorro! Alguém ajude! O moço está tendo um ataque cardíaco!
HOMEM - Eu quero o seu amor, gata! (ESSA É A MELHOR)
LOIRA - Espera só um pouquinho... Amô-or! Tem um moço aqui querendo você!
HOMEM - Quer beber alguma coisa?
LOIRA -Ai, que bom que você apareceu, garçom!
HOMEM - Me dá seu telefone, vai!
LOIRA - Socorro ! Um assalto!
A metade
Enviado por anonimo em 17 Setembro, 2000 - 09:13
O dono de uma fazenda tem uma filha que tava se
envolvendo com um cacique , então um dia o cacique
chega ao fazendeiro e lhe fala:
-Cacique pede mão de sua filha em casamento!
Então o fazendeiro pra não falar não pro cacique e arranjar uma guerra com sua tribo respondeu ao
cacique:
-Mas minha filha é muito exigente , ela com certeza vai querer o carro mais caro que existe!
Então o cacique fala ao fazendeiro:
-Não tem problema , cacique dá carro mais caro a
sua filha!
Então o fazendeiro com as pernas bambas de tanto medo fala pro cacique:
-Mas minha filha também vai querer um avião!
Então o cacique diz:
-Não tem problema , índio dá até dois aviões a sua
filha:
Então o fazendeiro vendo que o cacique era podre
de rico resolveu apelar:
-Mas minha filha me disse que vai querer se casar com um homem que tem 30 centímetros de pinto!
Então o cacique lhe responde:
-Não tem problema , cacique corta no meio!
O que é politica???
Joãozinho tem de fazer um trabalho de aula e pergunta ao pai se acaso poderia fazer uma pergunta:
- Claro que sim, meu filho.
- Papai, o que é política?
- Bem meu filho, a política envolve uma série de fatores, como o poder econômico, a classe trabalhadora, o governo, o povo e o futuro do país. Entendeu?
- - Não muito bem.
- Ok. vou dar o exemplo aqui de casa:
- Sou eu quem traz o dinheiro aqui pra dentro, portanto sou o poder econômico. A sua mãe é quem administra, gasta o dinheiro e portanto ela é o governo. Nós somos quem suprimos suas necessidades, portanto você é o povo. Seu irmão menor é o futuro do país. E a Zefinha, sua babá, é a classe trabalhadora. Entendeu???
- Acho que sim.
A noite, acordado pelo choro de seu irmão mais novo, levanta e vai até seu quarto e percebe que sua fralda estava suja e toda emporcalhada. Vai até o quarto dos pais e vê que a mãe dormia em um sono pesado. Vai ao quarto da babá, bate na porta e ninguém escuta, espia pelo buraco da fechadura e vê seu pai na cama com ela. O menino volta ao seu quarto e dorme.
Logo pela manhã, diz ao pai que entendeu o que é política:
- Ótimo meu filho, então me explica.
- Bem, enquanto o poder econômico fode com a classe trabalhadora, o governo dorme um sono pesado, o povo é ignorado e o futuro do país fica na merda.




sábado, 18 de dezembro de 2010

Cheiro de Amor - Pense em mim

Jorge e Mateus - Mistérios

Cheiro de Amor e Sergio Fernandes - Chamas da Paixão

Custo de um parlamentar no Brasil - Video

Deputada Estadual Cidinha Campos - Video

Bastidores da Igreja Universal do Reino de Deus - Video

Dicas de Saúde

Para diminuir efeitos da menopausa, Aí vai a receita:
- 250ml de suco de limão com laranja (1:2)
- 2 colheres de sopa de semente de linhaça
- 2 colheres de sobremesa de farinha integral  de soja
- 2 colheres de café de aveia ou gérmen de trigo
- adoçante se quiser
Bater no liquidificador, e ingerir 1 a 2 vezes por dia.
** A semente de linhaça  e o leite de soja são compostos ricos em fitoestroênios (lignana e isoflavona respectivamente), substâncias similares ao estrogênio, que protegem contra várias doenças, entre elas: câncer de mama, de próstata e endométrio, além disso por serem altamente ricos em fibras auxiliam no controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos.
E tem também a ração humana.
Sucesso em todo Brasil, não faz emagrecer milagrosamente mas auxilia em sua dieta. Excelente complemento alimentar.
Aproveite a receita:
- 250 g de farelo de trigo
- 125 g de leite de soja em pó
- 125 g de linhaça marrom
- 100 g de açúcar mascavo
- 100 g de aveia em flocos
- 100 g de gergelim com casca
- 75 g de gérmen de trigo
- 50 g de gelatina sem sabor
- 25 g de guaraná em pó
- 25 g de levedo de cerveja
- 25 g de cacau em pó
Modo de fazer:
- Bata no liquidificador os ingredientes que já não vêm em pó e depois junte com o restante.
- Guarde a mistura em vidros limpos e secos, bem fechados.
- Conserve na geladeira por, no máximo, 15 dias.
Você pode substituir o café da manhã, o lanche da tarde e/ou jantar pela ração humana. É só adicionar duas colheres de sopa de ração no suco, iogurte ou leite desnatado

Receitas e dicas para decoração de natal

FAROFA DE SALAME E SALGADINHO DE MILHO:

Ingredientes:
100 g margarina
1 cebola picada
1 pimentão amarelo picado
200 g salame multiprocessado
1 xícara (chá) uva passa sem semente
1 xícara (chá) azeitona verde picada
2 pacotes de salgadinho de milho triturados
Modo de preparo:
Aqueça a manteiga, refogue a cebola, junte o pimentão, refogue um pouco para cozinhar.
Junte as passas, o salame e a azeitona misturando bem.
Retire do fogo, adicione o salgadinho de milho e mexa bem para incorporar ao restante dos ingredientes.
MANJAR DE BETERRABA COM GELEIA DE ROSAS:

Ingredientes:
4 Beterrabas cozidas
Água do cozimento das beterrabas
250 ml suco de laranja
10 colheres (sopa) açúcar
6 colheres (sopa) amido de milho
Modo de preparo:
Bater no liquidificador 2 beterrabas com o restante dos ingredientes.
Reserve as outras duas beterrabas.
Levar ao fogo mexendo sempre até engrossar.
Colocar em forma umidecida e levar para gelar.
Depois de fria, desenforme e enfeite com o restante das beterrabas, picadas ou fatiadas e sirva com a Geleia de Rosas.
GELEIA DE ROSAS

Ingredientes:
2 xícaras (chá) pétalas de rosas (da cor escolhida)
2 xícaras (chá) açúcar
2 xícaras (chá) água
Suco de um limão com a semente.
Modo de preparo:
Misture bem todos os ingrediemtes e leve ao fogo mexendo bem até engrossar.
Retire as sementes do limão, deixe esfriar e conserve na geladeira.
LEMBRANÇAS
PANETONE ASSADO NO VASO OU NA LATA DE LEITE CONDENSADO:

Pode ser personalizado, colocando o nome das pessoas ou mesmo o logo de uma empresa.
PANETONE
Ingredientes da esponja
1 xicara (chá) de leite morno
6 tabletes (90 gramas) de fermento biológico para pão
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de açúcar
1 xicara (chá) de farinha de trigo
Modo de preparo
Em um recipiente dissolva o fermento no leite morno e acrescente o restante dos ingredientes, misturando bem . Cubra com um pano de prato , deixe descansar por 1 hora, ou até a mistura dobrar de volume.
Ingredientes da massa
4 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá)de açúcar
5 gemas
100 gramas de manteiga ou margarina derretida
300 gramas de chocolate picado ou
300 gramas de frutas cristalizadas
Modo de preparo
Adicione na esponja crescida, a farinha de trigo, o açúcar, as gemas e a manteiga derretida, misturando bem todos os ingredientes, até obter uma massa homogênea.
Em uma superfície enfarinhada, abra a massa e espalhe por toda extensão o chocolate picado ou as frutas cristalizadas, pressionando com as mãos para que fixem na massa. Deixe descansar por 20 minutos
Panetone no vaso: Utilize vasos de barro, que devem ser higienizados e forrados com papel manteiga antes de colocar a massa. Coloque a massa já descansada preenchendo ¾ do vaso e deixe crescer por mais 20 minutos.
Pré aqueça o forno em temperatura média(180graus), coloque os vasos com a massa em uma assadeira e leve para assar por aproximadamente 30 minutos, ou até ficarem dourados.
Panetone na lata:Utilize um abridor que não deixe rebarbas nas latas, higienize bem, e coloque a massa do panetone, preenchendo ¾ da lata, que não precisa ser untada, nem forrada com papel manteiga. Deixe descansar por 20 minutos e leve para assar em forno pré aquecido a 180 graus, por aproximadamente 30 minutos.
BOLO CARTÃO:

Poderá ser comprado, tipo bolo Pullman. Ele é colocado em uma embalagem de alumínio descartável e o cartão é feito nesta mesma forma.
BARRINHAS DE AÇÚCAR

Ingredientes:
1 xícara (chá) açúcar
1 colher (sopa) água
Modo de preparo:
Misture os ingredientes e coloque em forminhas de acetato (utilizadas para fazer bombons).
Aperte bem a massa  e desenforme em seguida.
Deixe secar bem para guardar.
DECORAÇÃO DE MESA
COM ANTIGOS LP’S:

Usados como suplás, podem ser dourados, vermelhos ou natural. Com a mesma idéia podemos preparar fruteiras ou recipientes para as frutas secas ou naturais.
FRUTEIRAS DE VINIL
Material utilizado
Vinil – Lps ou compactos
1 assadeira
1 suporte, que pode ser de vidro, inox, ou uma lata
1 luva térmica
Modo de fazer
Pré aqueça o forno em temperatura alta por 10 minutos,coloque na assadeira o suporte e sobre ele , o vinil . Leve ao forno por aproximadamente 2 minutos. Retire a assadeira do forno , utilizando luva térmica, quando o vinil começar amolecer . Espere esfriar um pouco e modele a fruteira, antes que o vinil endureça.
Para pintar utilize tinta spray encontrada em lojas de tinta.
CASTIÇAIS DE FRUTAS E LEGUMES:

Maçãs e outras frutas, além de legumes, apoiados em peças de vidro ou louças, criam apoios originais para velas.
GUARDANAPOS EM ESPIRAL:

Uma maneira diferente de apresentar os guardanapos, fica como uma flor.
GUARDANAPOS EM ESPIRAL
Material utilizado
1 pacote de Guardanapo de papel
1 prato sextavado.
Modo de fazer
Coloque todo o pacote de guardanapo em uma superfície, centralize o prato bem no meio do pacote e com firmeza gire o prato sobre o guardanapo, formando um desenho em espiral.
COMO COLOCAR O LIMÃO NA MESA DE FORMA ELEGANTE:

O limão é indispensável no acompanhamento de uma carne, peixe, um assado. Mas nesta ocasião é muito ruim quando escorre pelas mãos. A dica é envolvê-los em retalhos de tule para levar a mesa.
DECORAÇÃO DE CASA
APROVEITE GARRAFAS, GARRAFÕES VAZIOS:
Para colocar muita luz no Natal. Serve para iluminar cantos da casa e até mesmo pode substituir a tradicional árvore de natal
ÁRVORE DE NATAL FEITA COM REVISTAS VELHAS:

São necessárias várias revistas e depois de recortadas, ficam em pé. Tem aparência de origami.
ÁRVORE DE NATAL DE REVISTA
Material
Revistas ou gibis
Cola quente
Enfeites de natal (laços, bolinhas, etc..)
Modo de fazer
Encontre a ponta superior da página no meio da revista, dobre formando quase um triangulo, vincando bem a dobra
Dobre o triangulo ao meio e vinque novamente
Vire a página e dobre para cima o triangulo menor que ficou na parte debaixo da folha, vincando bem para formar um gomo da árvore
Repita o processo com o restante das páginas até terminar.
A árvore terá o tamanho da revista que você escolher
Com cola quente, junte todas as revistas dobradas, formando a árvore
Fixe os enfeites (bolas, estrelas, laços…) com cola quente.
GUIRLANDA COMESTIVEL:

Montada com balas e bombons. Escolha as cores do Natal, como vermelho, verde e dourado.
GUIRLANDA COMESTÍVEL
Material utilizado
1kg de balas, bombons ou trufas
60 cm de arame
1 alicate de bico
Laço
Modo de fazer
Com o alicate de bico, dobre uma das pontas do arame, para evitar que as balas escapem
Na outra ponta, espete as balas pela embalagem, preenchendo toda extensão do arame
Depois do arame preenchido, feche as pontas e coloque o laço para dar acabamento.

Resumo do filme Ponto de Mutação

Baseado no livro The Turning Point, do físico austríaco Fritjof Capra, o filme deixa tantos caminhos para discussão, ao seu término, que escolher sobre que aspecto tratar acaba se tornando uma tarefa crucial e até mesmo injusta. Poré m, o lado científico de Ponto de Mutação é uma das coisas mais belas já mostradas em trabalhos do gênero e de maneira alguma deve ser descartada por aqueles que, por ventura, decidirem se aventurar nos passos dos Capra.
FRANÇA, INÍCIO DA DÉCADA DE 1990
Sonia Hoffmann (Liv Ullmann) é uma física desiludida com os rumos tomados pela ciência. Após descobrir que suas pesquisas com microlasers estavam sendo utilizadas no projeto americano Guerra nas Estrelas, ela decidiu isolar-se em um vilarejo francês para repensar a vida. Embora tendo a chance de conviver um pouco mais com a única filha, enfrenta um processo difícil desta convivência e o atrito entre as duas acaba sendo acentuado porque suas percepções do mundo divergem completamente.
No mesmo país, na capital, vive o poeta Thomas Harrimann (John Heard). Ele abandonou a cidade de Nova York por não suportar um modo de vida mercantilizado e refugiou-se no velho mundo para recuperar-se da decepção profissional e de um casamento fracassado, e para tentar superar, com tranqüilidade, a crise de meia idade que o acomete. Na América no Norte, seu amigo Jack Edwards (Sam Waterston) é um político bem sucedido. Porém, após perder as eleições para presidente dos Estados Unidos da América, sente-se esgotado, confuso em relação aos rumos de sua carreira e solicita socorro. Edwards recebe um convite de Thomas para passar uma temporada na França e o encontro dos dois com Sonia Hoffmann marca o início do conflito proposto em Ponto de Mutação.
O cenário onde a trama tem sua evolução é um castelo no litoral noroeste, no alto do Mont Saint Michel. Uma construção medieval localizada na fronteira com a Normandia e a Bretanha. A região é famosa por possuir a maré m ais alta do mundo. Em alguns pontos, ela atinge até quinze metros e deixaria o vilarejo de La Mont Saint Michel completamente isolado do continente, se não fosse um acesso construído para ligar a ilha à França. O local é propício para a discussão que toma toda a estória, por conter objetos que remontam à história da sociedade moderna e evocam as linhas de pensamento inerentes a ela.
Por fim, o poema de Pablo Neruda (postado acima) representa uma metáfora sobre todo o dia em que os três personagens passaram juntos e sobre o que suas vidas
representavam diante das idéias que se propuseram a pensar. O poema, algo também meio distante e às vezes incompreensível, também junta a teia de relações que é a humanidade. Diante das teorias frias e puras da cientista e das idéias práticas do político, a poesia recitada pelo poeta os faz calar e refletir sobre o que suas vidas têm feito nesse processo, sobre como eles têm contribuído com sua parte diante do todo. A razão do pensamento científico passa a fazer sentido no calor das palavras do poeta, ao aproximar-se da vida comum e rotineira das pessoas.

Além de Pablo Neruda o filme possui, ao longo de sua construção, referências a diversos escritores, poetas, estadistas, cientistas e figuras religiosas. A integração destes pensadores é dada pelo tom da narrativa, cujo objetivo é defender um modo de vida integrado, porém, provido de essência. A vida não se resume a uma máquina e nem a uma rede de conexões bem feitas. Existe algo maior que é fruto da convivência, da vida em comum. Os argumentos de Jack, Tom e Sonia foram recheados de citações que transformaram o conteúdo científico, religioso e filosófico do filme em poesia, em diálogos permeados de sentimento e significado. Algumas das referências seguem abaixo.
Ao dizer que nenhum santo sustenta-se sozinho, Thomas cita parte de um poema de John Donne para Jack na entrada do castelo:
Nenhum homem é uma ilha isolada;
cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra

(…)
E por isso não perguntes por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti.

Este poema inspirou um romance de Ernest Hemingway, Por Quem os Sinos Dobram, que foi baseado na experiência do escritor americano como correspondente de guerra.
Não é um filme fácil de ver, mas o aprendizado compensa.

Positivismo Jurídico

Positivismo Jurídico (Hans Kelsen)

Antes de começarmos a refletir um pouco sobre a teoria pura do Direito de Hans Kelsen é bom entendermos suas principais influências, a saber, o famoso POSITIVISMO. Quando falarmos em positivismo estaremos nos referindo principalmente ao seu método cientifico. Uma das principais características dos positivistas é a tentativa de aplicar o método das ciências exatas as ciências sociais, pois como o racionalismo era muito valorizado o conhecimento válido seria aquele proveniente da razão.
Em Hans Kelsen temos o POSITIVISMO NORMATIVISTA, que foi um pensamento antagônico a qualquer teoria naturalista, metafísica, sociológica, histórica, antropológica, etc. Hans Kelsen utiliza a metodologia do positivismo jurídico, que identifica que o que não pode ser provado racionalmente não pode ser conhecido. Isso é uma profunda influência do positivismo na formação da ciência do Direito. Sendo a pureza metodológica baseada na ausência de juízos de valor. É bem que se diga que uma das coisas que Kelsen tentou alcançar foi à autonomia da ciência do Direito, utilizando-se para isso o método positivista (o método das ciências exatas).



CIÊNCIA DO DIREITO

- Autonomia
- Independência
- Alhear o fenômeno jurídico de contaminações exteriores a sua ontologia, estaria deste modo conferindo-lhe cientificidade.
-Direito e realidade caminhando em flagrante dissintonia.
- Separa-se o fenômeno jurídico puro do fenômeno não jurídico.
- Análise estrutural do objeto, ele vai expurgar do interior da ciência do Direito a justiça, a sociologia, as origens históricas, as ordens sociais determinadas.

Hans Kelsen importa-se com a compreensão do Direito em sua mecânica. O dever jurídico não se enraíza em qualquer fato social, histórico; ele não é condicionado por nada que possa perverter sua natureza de Puro Dever-ser.
A atitude do Jurista seria então partir de uma NORMA JURÍDICA DADA para chegar à própria NORMA JURÍDICA DADA. A norma jurídica assume papel principal em toda essa teoria, ela é o alfa e o Ômega do sistema normativo, o princípio e o fim de todo o sistema.
IMPORTANTE! A postura Kelsiana é contrária aquela teoria que procura questionar os valores que antecederam a elaboração da norma jurídica.
Tamanha é a importância da norma jurídica que o próprio Estado se confunde com o Direito. O Estado seria um ordenamento de normas jurídicas coercitivas da conduta, isso nos dá uma máxima: Todo Estado é um ordenamento jurídico, mas nem toda ordem jurídica é um Estado. É bom que vocês agora se lembrem da pirâmide hierárquica Kelsiana, ela nos traz a validade das normas jurídicas.
CONCEITO DE VALIDADE: É um juízo Jurídico; A norma tem que estar de acordo com procedimentos de criação normativa previstos por determinado ordenamento jurídico.

NORMA FUNDAMENTAL: Fundamento último de validade de todo um sistema jurídico! - O sistema jurídico aqui é completo, auto-suficiente, Unitário, fechado! Assim nada falta para o seu aperfeiçoamento, pois as normas inferiores buscam seu fundamento de validade em normas hierarquicamente superiores. A norma fundamental fecha o sistema normativo escalonado.
Importante! A norma fundamental é um pressuposto lógico do sistema, o cume da pirâmide escalonada de normas jurídicas. Ela não existe historicamente e nem fisicamente, mas é pressuposta logicamente!
Crítica: A base teórica da norma fundamental (qual seria a sua natureza? Sua função? Etc.) parece ser um problema para essa criação da teoria Kelsiana. Kelsen na verdade cria essa preposição jurídica, pois se inexistisse a norma fundamental os pressupostos metafísicos, contratualistas, jusnaturalistas, etc. para a fundamentação jurídica deveriam ser aceitos.
A Teoria do Direito se baseia em valores de direito, um parâmetro objetivo cuja norma jurídica exerce função principal, pois ela seria a única fonte segura para teoria do Direito. Já os valores de justiça (justo/injusto) cujo parâmetro repousa na subjetividade são variáveis e não seguros para a ciência do Direito.
Ciência do Direito

É bem que se diga que não existe teoria do Direito Puro (direito como um fenômeno puro) e sim teoria pura do Direito (teoria metodológica pura). Seus principais objetivos são:
- descrever cientificamente o Direito, sem recorrer a pressupostos alheios à matéria jurídica e pertencentes a outras dimensões teóricas (sociologia, antropologia, ética, etc.)
- Objetivo: O Direito Positivo.
- estuda as estruturas com as quais se constrói o Direito Positivo comuns a todos os sistemas.
- Toda pesquisa da Teoria Pura se resume e se baseia no estudo da norma jurídica.
- Ciência do dever-ser, ou seja, a ciência que procura descrever o funcionamento e o maquinismo das normas jurídicas.
- Não é uma ciência de fatos (como a sociologia) mas sim de NORMAS.
- Ela descreve os múltiplos sentidos de um norma jurídica.
Justiça e Direito


É importante perceber aqui que na ciência do Direito não há espaço pra a justiça, pois essa não é objeto de conhecimento do jurista e sim objeto de estudo da ética. O Direito pode ser moral e amoral, justo ou injusto, mas isso não retira a validade de determinado sistema jurídico. Exige-se aqui uma separação entre Direito e Moral, direito e Justiça, significa dizer que a validade de uma ordem jurídica positiva é independente dos critérios morais e justos, elas devem sim obedecer à hierarquia de normas.
Kelsen critica as construções teóricas acerca da justiça feitas até então, a posição kelsiana é cética, negando a preponderância a uma ou a outra. São muitas as formas de se entender a justiça, ficando a questão em aberto. Assim sendo, a justiça deve ser algo de valor inconstante, relativa e mutável. É nisso que resume a concepção Kelsiana sobre o fenômeno. Fica a sensação de um vazio, ele destrói as formulações teóricas feitas até então sobre a justiça e não coloca nenhuma no seu lugar, relativizando totalmente a questão.
Disso tiramos que: Justiça e injustiça nada têm a ver com a validade de determinado direito positivo; é essa nota distintiva entre Direito e ética. A norma fundamental basta para a clausura do ordenamento jurídico. Desvincular validade de justiça, norma fundamental de Justiça é a tarefa do positivismo kelsiano.


Importante! Um exemplo muito bom do uso do positivismo jurídico na sua plenitude é o caso dos crimes de guerra da segunda grande guerra. O extermínio de milhões de judeus na Alemanha estava legalizado e permitido pelo ordenamento jurídico. Não foi pesado nenhum juízo de valor e sim um juízo estritamente jurídico. A questão da moral e da justiça não retirou a validade das normas jurídicas daquela época. É estranho, mas foi dentro da legalidade do estado alemão que milhões de pessoas foram massacradas e exterminadas. Inclusive no julgamento de Nuremberg, instituído logo após o termino da segunda grande guerra, os acusados usaram o argumento da validade jurídica em suas defesas.

Escola de Frankfurt

O que é a Escola de Frankfurt

Um Traçado Histórico
Em novembro de 1918, pro clamou-se a república em um país até então dominado pela família dos Hohenzollern, cujo poder se ampliou desde sua constituição no século XII, na Prússia, até o século XX e que conduziu à unificação dos principiados independentes, formando um Estado nacional. Foi Bismarck quem, em 1871, consolidou o Estado alemão sob a hegemonia da Prússia, o que significava predominância do militarismo e da burocracia. A Alemanha, portanto, tornou-se à imagem e semelhança do Reino da Prússia. No início do século XX a Alemanha assistiu a duas insurreições operárias: a de novembro de 1918 - que proclamou a república e depôs os Hohenzollern - e a de 1923, levante dos operários de Bremen, sufocados pelo Partido Socialista Alemão, que, na ocasião, era governo. A sociedade alemã foi seriamente abalada por esses movimentos.

Fundação da Escola de Frankfurt
A Escola de Frankfurt foi fundada em 1924 por iniciativa de Félix Weil, filho de um grande negociante de grãos de trigo na Argentina. Antes dessa denominação tardia (só viria a ser adotada, e com reservas, por Horkheimer na década de 1950), cogitou-se o nome Instituto para o Marxismo, mas optou-se por Instituto para a Pesquisa Social. Seja pelo anticomunismo reinante nos meios acadêmicos alemães nos anos 1920-1939, seja pelo fato de seus colaboradores não adotarem o espírito e a letra do pensamento de Marx e do marxismo da época, o Instituto recém-fundado preenchia uma lacuna existente na universidade alemã quanto à história do movimento trabalhista e do socialismo. Carl Grünberg, economista austríaco, foi seu primeiro diretor, de 1923 a 1930. O órgão do Instituto era a publicação chamada Arquivos Grünberg. Horkheimer, a partir de 1931, já com título acadêmico, pôde exercer a função de diretor do Instituto, que se associava à Universidade de Frankfurt. O órgão oficial dessa gestão passou a ser a Revista para a Pesquisa Social, com uma modificação importante: a hegemonia era não mais da economia, e sim da filosofia. A Teoria Crítica realiza uma incorporação do pensamento de filósofos "tradicionais", colocando-os em tensão com o mundo presente.

Principais Filósofos da Escola de Frankfurt

Max Horkheimer
Max Horkheimer nasceu em 1885, Stuttgard, e faleceu em 1973. Como todos os intelectuais da Escola de Frankfurt, era judeu de origem, filho de um industrial - Mortitz Horkheimer -, e ele próprio estava destinado a dar continuidade aos negócios paternos. Por intermédio de seu amigo Pollock, Horkheimer associou-se em 1923 à criação do Instituto para a Pesquisa Social, do qual foi diretor, em 1931 sucedendo o historiador austríaco Carl Grünberg.

Theodor Adorno
Theodor Wiesengrund Adorno nasceu em 1903 em Frankfurt, filho de pai alemão - um próspero negociante de vinhos, judeu assimilado - e mãe italiana. Cedo em sua vida intelectual, descobriu a obra de Kant por intermédio de seu amigo Kracauer, especialista em sociologia do conhecimento, que viria a se notabilizar com a publicação da obra De Caligari a Hitler, sobre as relações entre o cinema e o nazismo. Adorno vinha de um meio de musicistas e amantes de músicas e logo se orientou para a estética musical. Com o fim da Guerra, Adorno é um dos que mais desejam o retorno a Frankfurt, tornando-se diretor-adjunto do Instituto Para Pesquisa Social e seu co-diretor em 1955, com a aposentadoria de Horkheimer, Adorno torna-se o novo diretor.

Herbert Marcuse
Herbert Marcuse nasceu em Berlim numa família de judeus assimilados. Foi membro do Partido Social-Democrata Alemão entre 1917 e 1918, tendo participado de um Conselho de Soldados durante a revolução berlinence de 1919, na seqüência da qual deixou o partido. Estudou filosofia em Berlim e Freiburg, onde conheceu os filósofos e professores de filosofia Husserl e Heidegger e se doutorou com a tese "Romance de artista".

HORKHEIMER

Materialismo e Moral

- Neste trecho do ensaio de 1933, Horkheimer, fala da necessidade de reunificar ética e política, sentimentos morais e transformação social.

Teoria Tradicional e Teoria Crítica

- Neste texto, de 1937, Horkheimer mostra a indivisão entre a teoria conceitual e práxis social. A teoria Crítica reunifica razão pensamento dualista que separa sujeito e objeto de conhecimento.

Teoria Crítica Ontem e Hoje


-Horkheimer apresenta nesse texto de 1970 as características de sua Teoria Crítica: filosofia e religião, teologia e revolução devem ser coadjuvantes.

A Dimensão Estética

- A arte possui um ônus revolucionário especial: não pode mudar a sociedade, mas é capaz de transformar a consciência daqueles que modificam o mundo. Isso porque indica um "princípio de realidade" incompatível com a coerção política e psíquica.


Escola de Frankfurt (em alemão: Frankfurter Schule) refere-se a uma escola de teoria social interdisciplinar neo-marxista,[1] particularmente associada com o Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt. A escola inicialmente consistia de cientistas sociais marxistas dissidentes que acreditavam que alguns dos seguidores de Karl Marx tinham se tornado "papagaios" de uma limitada seleção de ideias de Marx, usualmente em defesa dos ortodoxos partidos comunistas. Entretanto, muitos desses teóricos experimentaram que a tradicional teoria marxista não poderia explicar adequadamente o turbulento e inesperado desenvolvimento de sociedades capitalistas no século vinte. Críticos tanto do capitalismo e do socialismo da União Soviética, as suas escritas apontaram para a possibilidade de um caminho alternativo para o desenvolvimento social.[2]
Apesar de algumas vezes apenas espontaneamente afilhados, os teóricos da Escola de Frankfurt falaram com um paradigma comum em mente, compartilhando, portanto, os mesmos pressupostos e sendo preocupados com questões similares.[3] A fim de preencher as percebidas omissões do marxismo tradicional, eles socilitaram extrair de outras escolas de pensamento, por isso usaram ensaios de sociologia antipositivista, psicanálise, filosofia existencialista e outras disciplinas.[1] As principais figuras da escola foram solicitadas a aprender e sintetizar os trabalhos de variados pensadores, como Kant, Hegel, Marx, Freud, Weber e Lukács.[4]
Seguindo Marx, ele estavam preocupados com as condições que permitiam mudanças sociais e o estabelecimento de instituições racionais.[5] A sua ênfase no componente "crítico" da teoria foi derivada significativamente da sua tentativa de superar os limites do positivismo, materialismo e determinismo retornado à filosofia crítica de Kant e aos seus sucessores no idealismo alemão, principalmente a filosofia de Hegel, com sua ênfase na dialética e contradição como propriedades inerentes da realidade.
Desde a década de 1960, a teoria crítica da Escola de Frankfurt tem sido crescentemente guiada pelo trabalho de Jürgen Habermas na razão comunicativa,[6][7] intersubjetividade linguística e o que Habermas chama de "discurso filosófico da modernidade".[8] Mais recentemente, teóricos críticos como Nikolas Kompridis se sonorizaram como oposição a Habermas, reivindicando que ele tinha minado as aspirações à mudança social que originalmente davam propósito a vários projetos de teóricos críticos - por exemplo, o problema de que razão deve denotar, a análise e a ampliação de "condições de possibilidade" para a emancipação social e a crítica ao capitalismo moderno. [9]

Índice

[editar] Origens históricas
[editar] O Instituto para Pesquisa Social
Deve ser notado que o termo "Escola de Frankfurt" surgiu informalmente para descrever os pensadores afiliados ou meramente associados com o Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt; esse não é o título de qualquer específica posição ou instituição em si, e poucos desses teóricos usaram esses termos. O Instituto para Pesquisa Social (Institut für Sozialforschung) foi fundado por Carl Grünberg em 1923, como um anexo da Universidade de Frankfurt; foi o primeiro centro de pesquisa marxista afiliado a uma universidade maior alemã.[1] Entretanto, a escola pode ter suas mais antigas raízes traçadas por Felix Weil, que podia usar o dinheiro dos negócios de seu pai para financiar o Institut.
Weil era um jovem marxista que tinha escrito a sua dissertação sobre problemas práticos de se implementar o socialismo e ela foi publicada por Karl Korsch. Com a esperança de trazer diferentes linhas marxismo para junto, Weil organizou um simpósio de uma semana (o Erste Marxistische Arbeitswoche) em 1922, que foi assistido por Georg Lukács, Karl Korsch, Karl August Wittfogel, Friedrich Pollock e outros. O evento teve tanto sucesso que Weil começou a construir uma sede e a financiar salários para um instituto permanente. Weil negociou com o Ministério da Educação para que o diretor do instituto fosse um professor do estado, para que então o instituto teria status de uma instituição universitária.[10]
Apesar de Georg Lukács e Karl Korsch terem assistido a Arbeitswoche que teve incluído um estudo de Korsch Marxismo e Filosofia, ambos eram muito comprometidos com atividade política e também membros do Partido para que pudessem juntar-se ao instituto, mesmo que Korsch tenha participado de empreendimentos de publicações por alguns anos. O modo como Lukács foi obrigado a repudiar a sua História e Consciência de Classe (em algumas fontes chamada apenas de Consciência de Classe), publicada em 1923 e provavelmente a inspiração maior do trabalho da Escola de Frankfurt, foi um indicador para outros que a independência do Partido Comunista era necessária para um trabalho teórico genuíno.[11]
A tradição filosófica agora referida como "Escola de Frankfurt" é talvez particularmente associada a Max Horkheimer (filósofo, sociólogo e psicólogo social), que se tornou diretor do instituto em 1930 e recrutou muitos dos mais talentosos teóricos da escola, incluindo Theodor Adorno (filósofo, sociólogo, musicólogo), Erich Fromm (psicanalista), Herbert Marcuse (filósofo) e, como membro do "círculo de fora" do instituto, Walter Benjamin (ensaista e crítico literário).[1] Entretanto, o título dessa "escola" pode ser frequentemente mal compreendido, já que os membros do instituto nem sempre formaram uma série de projetos complementares ou relacionados. Alguns estudiosos tem, portanto, limitado a sua visão da Escola de Frankfurt a Horkheimer, Adorno, Marcuse, Lowenthal e Pollock.[12]
[editar] O contexto alemão pré-guerra
A turbulência política dos complicados anos entreguerras da Alemanha afetaram de modo importante o desenvolvimento da Escola. Os seus pensadores eram particularmente influenciados pela falha da revolução da classe trabalhadora (precisamente onde Marx havia previsto que uma revolução comunista ocorreria) e pela ascensão do nazismo em uma nação econômica e tecnologicamente avançada como a Alemanha. Isso levou muitos deles a tomar a tarefa de escolher quais partes do pensamento de Marx pudessem servir para clarificar contemporaneametne as condições sociais que o próprio Marx nunca tinha visto. Outra ingluência chave também veio da publicação de Manuscritos económico-filosóficos e A Ideologia Alemã, nos anos 1930, que mostraram que a continuidade com o hegelianismo que calcava o pensamento de Marx.
Como a influência crescente do nacional socialismo tornou-se cada vez mais ameaçadora, os fundadores do Instituto prepararam-se para movê-lo para outro país.[13] Seguindo a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, o Instituto deixou a Alemanha para Genebra antes de se mudar para Nova Iorque, em 1935, onde tornou-se afiliado da Universidade Columbia. O seu jornal Zeitschrift für Sozialforschung foi renomeado de acordo com o local como Studies in Philosophy and Social Science (Estudos em Filosofia e Ciência Social, em tradução livre). Foi neste momento que muitos de seus importantes trabalhos começaram a emergir, ganhando uma recepção favorável na academia inglesa e estadunidense. Horkheimer, Adorno e Pollock afinal voltaram à Alemanha Ocidental no início dos anos 1950, apesar de Marcuse, Lowenthal, Kirchheimer e outros terem escolhido permanecer nos Estados Unidos. Foi apenas em 1953 que o Instituto foi formalmente reestabelecido em Frankfurt.[14]
[editar] Principais membros
Membros originais da Escola de Frankfurt:
A "Segunda geração" de teóricos da Escola de Frankfurt incluía:
Pessoas que foram temporariamente associadas com o Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt e teóricos da Escola de Frankfurt incluem:
[editar] Trabalho teórico
[editar] Fundamentos críticos da ciência social
[editar] Teoria crítica e crítica da ideologia
O trabalho da Escola de Frankfurt não pode ser completamente compreendido sem igualmente entender-se as intenções e os objetivos da teoria crítica. Inicialmente delineada por Max Horkheimer no seu "Teoria Tradicional e Teoria Crítica", de 1937, a teoria crítica pode ser definida como uma auto-consciência social crítica que é o objetivada na mudança e na emancipação através do esclarecimento, e não se liga dogmaticamente aos seus próprios pressupostos doutrinais. [15][16]
Horkheimer a opôs à "teoria tradicional", que se refere a teoria no modo positivista, cientificista, ou puramente observacional - isto é, do qual derivam generalizações ou "leis" sobre diferentes aspectos do mundo. Baseando-se em Max Weber, Horkheimer argumentou que as ciências sociais são diferentes das ciências naturais, visto que generalizações não podem ser feitas facilmente supostas experiências, porque o entendimento de uma experiência "social" em si é sempre moldada por ideias que estão nos pesquisadores. O que o pesquisador não percebe é que ele é capturado em um contexto histórico cujas ideologias moldam o pensamento; portanto, a teoria estaria em conformidade com as ideias na mente do pesquisador mais do que na própria experiência:

Os fatos que os nossos sentidos apresentam para nós são socialmente efetuados de duas maneiras: através do caráter histórico do objeto percebido e através do caráter histórico do órgão que percebe. Ambos não são simplesmente naturais; eles são moldados por atividade humana, e também pelas percepções individuais deles mesmos como receptivos e passivos no ato da percepção.

Para Horkheimer, abordagens para o entendimento nas ciências sociais não podem simplesmente imitar aquelas das ciências naturais. Apesar de várias abordagens teóricas tornarem-se próximas de romper as restrições ideológicas que as restringem, como o positivismo, pragmatismo, neo-Kantianismo e fenomenologia, Horkheimer argumentaria que elas falharam, porque todas estavam sujeitas a um prejuízo "lógico-matemático" que separava a atividade teórica da vida real (significando que todas aquelas escolas tentaram encontrar uma lógica que sempre permaneceria verdadeira, independentemente de e sem consideração pelas atividades humanas correntes). De acordo com Horkheimer, a resposta apropriada para este dilema é o desenvolvimento de uma teoria crítica.[18]
O problema, Horkheime argumentou, é epistemológico: nós não deveríamos meramente reconsiderada o cientista, mas o conhecimento individual em geral.[19] Diferente do marxismo ortodoxo, que meramente aplica um "padrão" não original a tanto crítica quanto ação, a teoria crítica procura ser uma auto-crítica e rejeita quaisquer pretensões de uma verdade absoluta. A teoria crítica defende a primazia nem da matéria (materialismo) nem da consciência (idealismo), argumentando que ambas epistemologias distorcem a realidade para o benefício, afinal, de algum grupo pequeno. O que a teoria crítica tenta fazer é colocar ela mesma fora de estruturas filosóficas e do confinamento das estruturas existentes. Entretanto, como um modo de pensar e "recuperar" o auto-conhecimento da humanidade, a teoria críticac frequentemente se inspira no marxismo pelos seus métodos e ferramentas.[20]
Horkheimer sustentou que a teoria crítica deveria ser direcionada para a totalidade da sociedade na sua especificidade histórica (i.e. como veio a ser configurada em um específico ponto no tempo), assim como ela deveria melhorar o entendimento da sociedade integrando todas as maiores ciências sociais, incluindo a geografia, economia, história, ciência política, antropologia e psicologia. Enquanto a teoria crítica deve em todas as vezes ser auto-crítica, Horkheimer insistiu que uma teoria é somente crítica se é explicativa. A teoria crítica deve portanto combinar pensamento prático e normativo para que possa "explicar o que está errado com a realidade social corrente, identificar atores para mudá-la e fornecer normas claras para o criticismo e finalidades práticas para o futuro."[21] Visto que a teoria tradicional pode apenas refletir e explicar a realidade como presentemente é, o propósito da teoria crítica é mudá-la; nas palavras de Horkheimer, o objetivo da teoria crítica é "a emancipação dos seres humanos das circunstâncias que os escravizam".[22]
Os teóricos da Escola de Frankfurt foram explicitamente associados com a filosofia crítica de Immanuel Kant, na qual o termo crítica significou reflexão filosófica nos limites de reivindicações feitas por certos tipos de conhecimento e uma conexão direta entre crítica e a ênfase na autonomia moral - como oposta às tradicionais deterministas e estáticas teorias de ação humana. Em um contexto intelectual definido pelos dogmáticos positivismo e cientificismo em uma mão e o dogmático "socialismo científico" em outra, teóricos críticos pretenderam reabilitar as ideias de Marx através de uma abordagem filosoficamente crítica.
Já que pensadores ortodoxos marxista-leninistas e social-democratas viam Marx como um novo tipo de ciência positiva, os teóricos da Escola de Frankfurt, como Horkheimer, preferencialmente basearam o seu trabalho na base epistemológica do trabalho de Karl Marx, que apresentava ele mesmo como crítica, como em O Capital. Eles, assim, enfatizaram que Marx estava tentando criar um novo tipo de análise crítica orientada em diereção a unidade de teoria e prática revolucionária mais do que um novo tipo de ciência positiva. Crítica, no senso marxista, significa tomar a ideologia de uma sociedade - e.g. a crença na liberdade individual ou no livre mercado sob o capitalismo - e criticá-la comparando-a com a realidade social daquela mesma sociedade - e.g. desigualdade social e exploração. A metodologia na qual os teóricos da Escola de Frankfurt fundamentaram essa crítica veio a ser o que foi antes sendo estabelecido por Hegel e Marx, nomeadamente o método dialético.
[editar] Método dialético
O Instituto também tentou reformular a dialética como um método concreto. O uso de tal método dialético pode ser devido à filosofia de Hegel, quem concebeu a dialética como a tendência de uma noção para atravessar pela sua própria negação como o resultado do conflito entre os seus aspectos contraditórios inerentes.[23]Em oposição aos modos anteriores de pensamento, os quais viam coisas em abstração, cada uma por si mesma e como pensamento dotado com propriedades fixas, a dialética hegeliana tem a habilidade de considerar ideias conforme os seus movimentos e mudança no tempo, assim como consoante suas inter-relações e interações.[23]
História, de acordo com Hegel, prossegue e desenvolve-se de uma maneira dialética: o presente incorpora a abolição racional, ou "síntese", de contradições passadas. História pode assim ser vista como uma processo inteligível (a que Hegel referiu-se como Weltgeist) que é mover-se em direção a uma específica condição - a percepção racional de liberdade humana.[24] Entretanto, considerações sobre o futuro não eram de interesse de Hegel,[25][26] para quem a filosofia não pode ser prescritiva porque ela é entendida apenas depois do ocorrido. O estudo da história é assim limitado à descrição do passado e de realidades presentes.[24] Por isso, para Hegel e seus sucessores, dialéticas inevitavelmente levam à aprovação do status quo - de fato, a filosofia de Hegel serviu como justificativa para a Teologia cristã e o estado Prusso.
Isto foi ferozmente criticado por Marx e pelos Jovens hegelianos, que afirmaram que Hegel havia ido muito longe em defender sua concepção abstrata de "Razão absoluta" e havia falhado em observar as "reais" - i.e.indesejáveis e irracionais - condições de vida da classe trabalhadora. Invertendo a dialética idealista de Hegel, Marx explicou a sua própria teoria de materialismo dialético, argumentando que "não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social que determina as suas consciências".[27] A teoria de Marx seguiu uma lei de história e espaço materialistas[28], em que o desenvolvimento das forças produtivas são vistas como o motivo primário para deflorar uma mudança histórica, e de acordo com qual as contradições material e social inerentes ao capitalismo irão inevitavelmente levar a sua negação, desse modo substituindo o capitalismo por uma nova forma racional de sociedade: o comunismo.[29]
Marx assim contou vastamente com uma forma de análise dialética. Esse método - para saber a verdade descobrindo as contradições em ideias presentemente predominantes e, por extensão, nas relações sociais às quais elas estão ligadas - expõe a luta básica entre forças opostas. Para Marx, é apenas tornando-se consciente da dialética de tais forças opostas, em uma luta pelo poder, que os indivíduos podem se libertar e mudar a ordem social existente.[30]
Pelo seu lado, os teóricos da Escola de Frankfurt rapidamente vieram a perceber que um método dialético poderia apenas ser adotado se pudesse ser aplicado a si mesmo - o que é dizer, supondo que eles adotassem um método auto-corretivo - um método dialético que permitir-lhes-ia corrigir falsas interpretações dialéticas anteriores. Conformemente, a teoria crítica rejeitou os dogmáticos historicismo e materialismo do marxismo ortodoxo.[31] De fato, as tensões materiais e lutas de classes das quais Marx falou não eram mais vistas pelos teóricos da Escola de Frankfurt como tendo o mesmo potencial revolucionário dentro das sociedades ocidentais contemporâneas - uma observação que indicou que as interpretações dialéticas e as previsões de Marx estavam incompletas ou incorretas.
Contrário à práxis ortodoxa marxista, que somente procura implementar uma imutável e estrita ideia de "comunismo" na prática, teóricos críticos tomaram que a práxis e teoria, seguindo o método dialético, deveriam ser interdependentes e deveriam influenciar mutuamente uma a outra. Quando Marx expôs nas suas Teses de Feuerbach que "filósofos têm apenas interpretado o mundo de muitos modos; o ponto é mudá-lo", a sua ideia real era que a única validade da filosofia era em como ela informa a ação. Teóricos da Escola de Frankfurt corrigiriam isso afirmando que quando a ação falha, então o orientador da teoria deve ser revisto. Em suma, ao pensamento filosófico socialista tem de ser dada a habilidade de criticar a si mesmo e "subjugar" seus próprios erros.Enquanto a teoria deve participar da práxis, a práxis deve também ter uma chance de participar da teoria.
[editar] Influências iniciais                                                                  
As influência intelectuais e o foco teórico dos primeiros teóricos da primeira geração da Escola de Frankfurt pode ser resumida como se segue:

Contexto histórico
Transição do capitalismo empresarial de pequena escala para o capitalismo monopolista e o imperialismo; movimento socialista cresce, torna-se reformista; emergência do estado de bem-estar social; Revolução Russa e a ascensão do comunismo; período neotécnico; emergência da mídia de massa e cultura de massa, arte "moderna"; ascensão do nazismo.
Análise histórica comparativa do racionalismo ocidental no capitalismo, no estado moderno, racionalidade secular científica, na cultura e na religião; análise das formas de dominação em geral e de dominação burocrática moderna racional-legal em particular; articulação do distintivo, método hermenêutico das ciências sociais.
Crítica da estrutura repressora do "princípio de realidade" de avançadas civilizações e da neurose normal da vida cotidiana; descoberta do inconsciente, do processo primário do pensamento, e do impacto do complexo de Édipo e da ansiedade na vida física; análise das bases psíquicas do autoritarismo e comportamento social irracional.
Crítica ao positivismo como uma filosofia, como uma metologia científica, como uma ideologia política e como conformismo cotidiano; reabilitação de dialética – negativa –, retorno a Hegel; apropriação de elementos críticos da fenomenologia, historicismo, existencialismo, crítica das suas tendências não-históricas e idealistas; crítica do positivismo lógico e pragmatismo.
Modernismo estético
Crítica da "falsa" e reificada experiência trazendo as suas próprias formas e linguagens tradicionais; projeção de modos alternativos de existência e experiência; liberação do inconsciente; consciência da única, moderna situação; apropriação de Kafka, Proust, Schoenberg, Breton; crítica do indústria cultural e cultura "afirmativa"; utopia estética.
Crítica da ideologia burguesa; crítica do trabalho alienado; materialismo histórico; história como luta de classes e exploração do trabalho em diferentes modos de produção; análise de sistema do capitalismo como extração do excesso de trabalho através de livre trabalho em livre mercado; unidade de teoria e prática; análise para a causa de revolução, democracia socialista, sociedade sem classes.
Crítica da cultura de massa como supressão e absorção da negação, como integração dentro para dentro do status quo; crítica da cultura ocidental como uma cultura de dominação, tanto interna quanto externamente; diferenciação dialética de emancipação e dimensões repressoras da cultura de elite; transvaloração de Nietzsche e da educação estética de Schiller.

Respondendo à intensificação da alienação e da irracionalidade em uma avançada sociedade capitalista, a teoria crítica é uma compreensiva, ideológica-crítica, um corpo historicamente auto-reflexivo visando simultaneamente a explicar a dominação e apontar as possibilidades de acarretar uma sociedade racional, humana e livre. Teóricos críticos da Escola de Frankfurt desenvolveram numerosas teses sobre estruturas de dominação econômica, política, cultural e psicológica da civilização industrial avançada.
O Instituto fez maiores contribuições em duas áreas relativas à possibilidade do sujeito humano ser racional, i.e. indivíduos que poderiam atuar racionalmente para assumir a sua própria sociedade e a sua própria história. A primeira consiste de um fenômeno social anteriormente considerado no marxismo como parte da "superestrutura" ou como ideologia: estruturas de personalidade, família e autoridade (um dos primeiros trabalhos publicados sob o título Estudos de Autoridade e de Família), e a esfera da estética e de cultura de massa. Estudiosos viram uma preocupação comum aqui na habilidade do capitalismo de destruir as precondições para consciência política crítica e revolucionária. Isso significava a chegada a uma sofisticada consciência da dimensão profunda em que a opressão social se sustenta. Isso também significa o início do reconhecimento da ideologia como parte das fundações da estrutura social por parte da teoria crítica.

[editar] Crítica da civilização ocidental
[editar] Dialética do Esclarecimento e Minima Moralia
A segunda fase da teoria crítica da Escola de Frankfurt se centra principalmente em dois trabalhos: Dialética do Esclarecimento (1944) de Horkheimer e Minima Moralia (1951) de Adorno. Ambos os autores trabalhariam durante o exílio do Instituto na América. Enquanto antes retiam-se muito de uma análise marxista, neses trabalhos a teoria crítica foi a sua ênfase. A crítica do capitalismo tornou-se uma crítica da civilização ocidental como um todo. De fato, Dialética do Esclarecimento usa a Odisseia como um paradigma para a análise da consciência burguesa. Horkheimer e Adorno já apresentavam nesses trabalhos muitos temas que vieram a dominar o pensamento social do anos recentes; de fato, a sua exposição da dominação da natureza como uma característica central da racionalidade instrumental na civilização ocidental foi feita muito antes da ecologia e de a defesa do meio-ambiente tornarem-se preocupações populares.
A análise da razão agora vai para um estágio adiante. A racionalidade da civilização ocidental aparece como uma fusão da dominação e da racionalidade tecnológicas, trazendo tudo de natureza externa e interna sob o poder do sujeito humano. No processo, entretanto, o próprio sujeito é engolido e nenhuma força social análoga ao proletariado pode ser identificada como que vá habilitar o sujeito a se emancipar. Daí vem o subtítulo de Minima Moralia: "Reflexões da Vida Prejudicada". Nas palavras de Adorno,

Para já a esmagadora objetividade do movimento histórico na sua fase presente consiste até apenas agora na dissolução do sujeito, sem ainda dar origem a um novo, experiência individual necessariamente baseia-se no antigo sujeito, agora historicamente condenado, que é ainda para-si mesmo, mas não mais em-si mesmo. O sujeito ainda sente-se seguro da sua autonomia, mas a nulidade demonstrada aos sujeitos pelo campo de concentração já está ultrapassando a forma da subjetividade.[32]

Consequentemente, em um tempo em que isso aparece que a realidade tem se tornardo a base para a ideologia, a maior contribuição que a teoria crítica pode fazer é explorar as contradições dialéticas do sujeito individual por um lado, e preservar a verdade de teoria no outro. Até o progresso dialético é colocado em dúvida: "a sua verdade ou inverdade não é inerente ao método próprio, mas à sua intenção no processo histórico." Essa intenção tem de ser orientada em direção a integral liberdade e felicidade: "a única filosofia que pode ser responsavelmente praticada em face ao desespero é tentar contemplar todas as coisas como elas apresentariam elas mesmas do ponto de vista da redenção". Adorno prossegue à distância do "otimismo" do marxismo ortodoxo: "ao lado da demanda, assim colocado no pensamento, a questão da realidade ou irrealidade da redenção (i.e. emancipação humana) em si preocupa severamente."[33]
De um ponto de vista sociológico, tanto os trabalhos de Horkheimer quanto os de Adorno contêm uma certa ambivalência acerca da última fonte ou fundação da dominação social, uma ambivalência que deu origem ao "pessimismo" da nova teoria crítica sobre a possibilidade da emancipação e liberdade humanas.[34]
Esta ambivalência foi enraizada, por claro, nas circunstâncias históricas nas quais o trabalho originalmente foi produzido, em particular a ascensão do Nacional Socialismo, capitalismo de estado e cultura de massa como inteiramente novas formas de dominação social que poderiam não ser adequadamente explicadas com base na tradicional sociologia marxista.[35] Para Adorno e Horkheimer, a intervenção estatal na economia tinha efetivamente abolido a tensão no capitalismo entre as "relações de produção" e as "forças produtivas materiais da sociedade" - uma tensão que, de acordo com a tradicional teoria marxista, constituía a contradição primária dentro do capitalismo. O anterior "livre" mercado (como um mecanismo "inconsciente" para a distribuição de bens) e a "irrevogável" propriedade privada da época de Marx tinham sido gradualmente substituídos pelo estado centralizado planificado e pela propriedade socializada dos meios de produção nas sociedades ocidentais contemporâneas.[36] A dialética através da qual Marx previu a emancipação da sociedade moderna é portanto suprimida, efetivametne sendo subjugada a uma racionalidade positivista de dominação.
Dessa segunda "fase" da Escola de Frankfurt, o filósofo e teórico crítico Nikolas Kompridis escreve o seguinte:

De acordo com a nova visão canônica da história, a teoria crítica da Escola de Frankfurt começou nos anos 1930 como um razoável confidente programa interdisciplinar e materialista, o objetivo geraldo que era conectar o criticismo social normativo ao potencial emancipatório latente no processo histórico concreto. Apenas umas década ou mais depois, entretanto, tendo revisitado as premissas da sua filosofia ou história, a Dialética do Esclarecimento de Horkheimer e Adorno conduziu todo o empreendimento, provocativamente e auto-conscientemente, para um cético cul-de-sac. Como um resultado, eles ficaram emperrados em dilemas irresolvíveis da "filosofia do sujeito", e o programa original foi diminuído para uma prática negativista de crítica que evitava os muito normativos ideiais dos quais ele implicitamente dependia.[37]

Kompridis afirma que esse "cético cul-de-sac" chegou com "muita ajuda do uma vez inexprimível e sem precedentes fascismo europeu," e poderia não ter sido chegado sem "algum bom mercado [saída de, ou] Ausgang, mostrando o caminho fora do sempre recorrente pesadelo em que esperanças do esclarecimento e horrorres do Holocausto são fatalmente enredados." Entretanto, esse Ausgang, de acordo com Kompridis, não viria até mais tarde - supostamente na forma do trabalho de Jürgen Habermas em bases intersubjetivas da racionalidade comunicativa.[38]
[editar] Filosofia da música moderna
Adoron, um musicista treinado, escreveu A Filosofia da Música Moderna (1949), em que ele, em essência, polemiza contra a beleza em si - porque isso havia se tornado parte da ideologia da sociedade capitalista avançada e a falsa consciência que contribui à dominação social. Isso assim contrinui para a presente sustentabilidade do capitalismo por retribuir uma "estética gentil" e "concordável". Apenas a arte e a música de vanguarda podem preservar a verdade capturando a realidade do sofrimento humano. Assim:

Que percepções radicais da músicas são o não transfigurado sofrimento do homem [...] O registro sismógrafo do choques traumáticos torna-se, ao mesmo tempo, lei estrutural técnica da música. Isso proíbe a continuidade e o desenvolvimento. A linguagem musical é polarizada de acordo com o seu extremo; em direção a gestos de choques a convulsões do corpo em uma mão e na outra em direção a uma cristalino paralisação do ser humano cuja ansiedade causa congelar nas suas sequências[...] A música moderna vê o absoluto oblívio como o seu objetivo. Essa é a mensagem sobrevivente do desespero do náufrago.[39]

Essa visão de arte moderna como verdade produtora apenas através da negação da forma e normas estéticas tradicionais de beleza porque elas tornaram-se ideológicas é característica de Adorno e da Escola de Frankfurt em geral. Isso tem sido criticado por aqueles que não compartilham essa concepção de sociedade moderna como uma falsa totalidade que rende concepções e imagens de beleza e harmonia obsoletas tradicionais.
[editar] Dados biográficos
A Escola de Frankfurt foi fundada em 1924 por iniciativa de Félix Weil, filho de um grande negociante de grãos de trigo na Argentina. O grupo emergiu no Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt (em alemão: Institut für Sozialforschung) da Universidade de Frankfurt-am-Main na Alemanha.
Antes dessa denominação tardia (só viria a ser adotada, e com reservas, por Horkheimer na década de 1950), cogitou-se o nome Instituto para o Marxismo, mas optou-se pela denominação ideologicamente inócua de Instituto para a Pesquisa Social. Seja pelo anticomunismo reinante nos meios acadêmicos alemães nos anos 1920-1939, seja pelo fato de seus colaboradores não adotarem o espírito e a letra do pensamento de Marx e do marxismo da época, o Instituto recém-fundado preenchia uma lacuna existente na universidade alemã quanto à história do movimento trabalhista e do socialismo. Carl Grünberg, economista austríaco, foi seu primeiro diretor, de 1923 a 1930. O órgão do Instituto era a publicação chamada Arquivos Grünberg. Horkheimer, a partir de 1931, já com título acadêmico, pôde exercer a função de diretor do Instituto, que se associava à Universidade de Frankfurt. O órgão oficial dessa gestão passou a ser a Revista para a Pesquisa Social, com uma modificação importante: a hegemonia era não mais da economia, e sim da filosofia. A Teoria Crítica realiza uma incorporação do pensamento de filósofos tradicionais, colocando-os em tensão com o mundo presente.
Entre todos os elementos vinculados ao grupo de Frankfurt, salientam os nomes de Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Theodor Wiesengrund-Adorno e Max Horkheimer, aos quais se pode ligar o pensamento de Jürgen Habermas.
Os múltiplos interesses dos pensadores de Frankfurt e o fato de não constituírem uma escola no sentido tradicional do termo, mas uma postura de análise crítica e uma perspectiva aberta para todos os problemas da cultura do século XX, torna difícil a sistematização de seu pensamento. Pode-se, no entanto, salientar alguns de seus temas, chegando-se a compor um quadro de suas principais idéias. De Walter Benjamin, devem-se destacar reflexões sobre as técnicas físicas de reprodução da obra de arte, particularmente do cinema, e as conseqüências sociais e políticas resultantes; de Adorno, o conceito de indústria cultural e a função da obra de arte; de Horkheimer, os fundamentos epistemológicos da posição filosófica de todo o grupo de Frankfurt, tal como se encontram formulados em sua teoria crítica; de Marcuse, a esperança em novas formas de libertação da Razão e emancipação do ser humano através da arte e do prazer; finalmente, de Habermas, as idéias sobre a ciência e a técnica como ideologia.
Com a chegada de Hitler ao poder na Alemanha, os membros do Instituto, na sua maioria judeus, migraram para Genebra, depois a Paris e finalmente, para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque. A primeira obra coletiva dos frankfurtianos são os Estudos sobre Autoridade e Família, escritos em Paris, onde estes fazem um diagnóstico da estabilidade social e cultural das sociedades burguesas contemporâneas. Nestes estudos, os filósofos põem em questão a capacidade das classes trabalhadoras em levar a cabo transformações sociais importantes.
Esta desconfiança, que os afasta progressivamente do marxismo operário, se consuma na Dialética do Esclarecimento de 1947, publicado em Amsterdã onde o termo marxismo já se encontra quase ausente. Em 1949-1950 publicam os Estudos sobre o Preconceito que representa uma inovação significativa nas metodologias de pesquisa social, embora de pouca significação teórica.
Com Erich Fromm e Herbert Marcuse inicia-se uma frente de trabalho que associa a Teoria Crítica da Sociedade à psicanálise. Fromm, precursor desta frente de trabalho, logo se distancia do núcleo da Escola, e este perde o interesse pela Psicanálise até o início dos trabalhos de Marcuse.
Marcuse, que permanece nos EUA após o retorno do Instituto para a Alemanha em 1948, foi o mais significativo dos frankfurtianos, do ponto de vista das repercussões práticas de seu trabalho teórico, já que teve influência notável nas insurreições anti-bélicas e nas revoltas estudantis de 1968 e 1969.
Adorno continuará o trabalho iniciado na Dialética do Esclarecimento, de reformulação dialética da razão ocidental, em sua Dialética Negativa, sendo considerado ainda hoje o mais importante dos filósofos da Escola. Com a sua morte, começa o que alguns chamam de segundo período da Escola de Frankfurt, tendo como principal articulador o antes assistente de Adorno e, depois, seu crítico mais ferrenho: Jürgen Habermas.
[editar] Críticos notórios da Escola de Frankfurt
[editar] Obras sobre a Escola de Frankfurt
  • JAY, Martin. La imaginacion dialética - Una historia de la Escuela de Frankfurt. Madri: Taurus, 1974.
  • JAMESON, Friedric. O Marxismo Tardio - Adorno, ou a persistência da dialética. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Boitempo, 1997.
  • MATOS, Olgária. Os Arcanos do Inteiramente Outro - Escola de Frankfurt - Melancolia e Revolução. São Paulo: Brasiliense, 1996.
  • NOBRE, Marcos, Teoria Crítica, Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
  • WIGGERSHAUS, Rolf. Escola de Frankfurt - História, desenvolvimento teórico, significação política. Tradução: Vera de Azambuja Harvey. Rio de Janeiro: Difeel, 2002.
[editar] Obras da Escola de Frankfurt
  • HORKHEIMER, Max. Teoria Crítica. Trad. Hilde Cohn. São Paulo: Perspectiva, 1990.
  • _______________. Eclipse da Razão. São Paulo: Centauro, 1999.
  • ADORNO, Theodor. Dialética do Esclarecimento Trad. Guido de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.
  • _______________. Prismas- Crítica Cultural e Sociedade. Trad. Augustin Wernet e Jorge de Almeida. São Paulo: Ática, 2001.
  • _______________. Notas de Literatura I. Trad. Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades/Ed. 34, 2003.
  • _______________. Teoria Estética. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, [s.d]
  • _______________. Experiência e Criação Artística. Trad. Artur Morão. Lisboa; Edicções 70, 2003.
  • _______________. On Popular Music.Studien in Pholosofy and Social Sciense(Revista do Instituto), nº 1, 1941.
  • MARCUSE, Herbert. Cultura e Sociedade. Vol. 1. Tradução: Wolfgang Leo Maar et alii. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
  • ____________________________________. Vol. 2. Tradução: Isabel Loureiro et alii. Rio d
  • ________________. Cultura e Psicanálise. Tradução: Isabel Loureiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
  • ________________. El Marxismo Soviético. Madri: Alianza, 1969.
  • ________________. Eros e Civilização. Tradução: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
  • ________________. O fim da utopia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.
  • ________________. Ideologia da Sociedade Industrial. O Homem Unidimensional Tradução: Giasone Rebuá. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1978.
  • ________________. A Grande Recusa Hoje. Tradução: Isabel Loureiro e Robespierre de Oliveira. Petrópolis: Vozes, 1999.
  • ________________. Ontología de Hegel. Barcelona: Martinez Roca, 1970.
  • ________________. Para uma teoria crítica de la sociedad. Caracas: Tiempo Nuevo, 1971.
  • ________________. Razão e Revolução. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
  • ________________. Tecnologia, Guerra e Fascismo. São Paulo: Ed. Unesp, 1999.